Caso Leonel de Esquerda causa conflito entre Vereadores e Deputados

A tensão política escalou tanto na Câmara Municipal do Rio de Janeiro quanto na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) após o episódio de agressão envolvendo o candidato a vereador Leonel de Esquerda (PT) e o deputado estadual Rodrigo Amorim (União), no último domingo (01/9). A confusão, que ocorreu na Praça Varnhagen, na Tijuca, continua gerando repercussões e provocações entre parlamentares de diferentes esferas.

Câmara do Rio: representação no Conselho de Ética

Na Câmara do Rio, o vereador Rogério Amorim (PL) entrou com uma representação contra a vereadora Tainá de Paula (PT) no Conselho de Ética. Amorim, que é irmão do deputado Rodrigo Amorim, acusa Tainá de ter ultrapassado os limites do respeito parlamentar ao afirmar, em discurso no plenário, que Rodrigo “rompeu todos os limites da ética, da moral e da política” e insinuar a existência de uma “quadrilha política“. O vereador se queixou também da repercussão do discurso nas redes sociais da colega.

Segundo Rogério, o incidente na Praça Varnhagen foi provocado por Leonel de Esquerda, que teria avançado de forma premeditada contra seu irmão, Rodrigo, acompanhado por dois seguranças armados. “Ao acusar levianamente uma vítima, a vereadora incorreu em violência política, com o objetivo claro de minar as liberdades democráticas“, disse Rogério em sua representação, pedindo que o Conselho de Ética tome as medidas cabíveis.

Tensão na Alerj: troca de insultos no Plenário

Enquanto isso, o caso também inflama o clima na Alerj. Durante a sessão desta quarta-feira (04), o deputado Flávio Serafini (PSOL) criticou duramente Rodrigo Amorim, chamando-o de “covarde” e mencionando o chute desferido contra Leonel de Esquerda. “É um covarde! Rodrigo Amorim, reiteradamente violento, precisa ser freado”, afirmou Serafini.

A fala provocou uma reação imediata do deputado Renan Jordy (PL), aliado de Amorim, que relembrou um episódio do início do mandato de Serafini, quando o psolista precisou devolver salários por acúmulo de cargos. O embate entre os dois rapidamente se transformou em uma troca de insultos, com termos como “safado”, “covarde” e “moleque” sendo proferidos por ambos os lados.

O presidente da sessão, Fred Pacheco (Mobiliza), vice na chapa de Amorim, tentou intervir, mas acabou por defender seu candidato ao criticar Leonel de Esquerda. “É um erro o PT defender aquele canalha que é o Leonel. Política não se faz com provocação“, disse Pacheco.

Apesar das tentativas de controle, o tumulto persistiu até o encerramento da sessão, quando o relógio bateu 17h e a discussão foi interrompida pelo tempo regimental.

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