O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), avaliou como positiva a reunião entre o Palácio do Planalto e os chefes dos Executivos da Amazônia Legal, do Pantanal e do Centro-Oeste. No entanto, indicou que os “efeitos concretos” das ações contra as queimadas devem “acontecer em 2025”.
“Vale muita essa iniciativa para que haja um melhor planejamento para o ano de 2025, para que não estejamos novamente aqui apagando incêndios”, afirmou Mauro Mendes depois do encontro, nesta quinta-feira, 19. “Na minha opinião, os efeitos concretos, mais objetivos, vão acontecer para 2025.”
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Em entrevista ao jornal CNN, Mauro Mendes analisou que o “caos ambiental” das queimadas caminha para o final, “até pela chegada das chuvas” neste mês. Afirmou que a reunião foi aberta para um “diálogo franco” sobre os incêndios, mas que muitas medidas de fato serão mais efetivas para 2025.
“Nós nos planejamos com antecedência para termos no ano que vem uma estrutura melhor para combater os incêndios e, sobretudo, ter uma legislação para ações criminosas”, destacou.
Mauro Mendes defende endurecimento da legislação
Ainda à CNN, o governador do Mato Grosso defendeu a necessidade do endurecimento da legislação para incêndios ambientais criminosos. Mauro Mendes disse que o agronegócio não pode “pagar” por isso.
“Grande parte do território brasileiro vive um período de estiagem, mas temos outro fenômeno, que é de focos de incêndios que começaram de origem criminosa”, afirmou. “As queimadas não ocorrem apenas por descuido, mas muitas pessoas atearam fogo.”
+ ‘Temos um grande consenso de que existem incêndios criminosos’, diz Padilha
O governador declarou que considera a legislação brasileira “frouxa”, mas não apenas “na questão ambiental, mas em vários crimes no país, como corrupção, crimes violentos e tráfico”.
“O código florestal brasileiro é o mais restritivo do planeta, mas muitos não o cumprem. Mas quem não cumpre, é menos de 2% e não podemos prejudicar o agronegócio brasileiro e o negócio internacional por causa de 2%. Melhor penalizarmos duramente 2% do que deixá-los penalizar nosso país, nosso meio ambiente e nosso agronegócio brasiliro”, analisou.