‘Daniel Silveira é torturado de forma física e psicológica’, diz advogado

Dor lombar recorrente, alteração da função renal, problemas nos joelhos e pedras nos rins. Estas são algumas das dificuldades que o ex-deputado federal Daniel Silveira enfrenta na prisão, afirma o advogado Paulo Faria. Apesar dos vários pedidos apresentados pela defesa, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não autorizou a progressão de pena do ex-parlamentar, para poder cuidar da saúde.

Paulo Faria, advogado de Daniel Silveira | Foto: Reprodução/<b>Revista Oeste</b>Paulo Faria, advogado de Daniel Silveira | Foto: Reprodução/<b>Revista Oeste</b>
Paulo Faria, advogado de Daniel Silveira | Foto: Reprodução/Revista Oeste

Em entrevista na edição desta quinta-feira, 26, do Jornal da Oeste, Faria disse que o ex-deputado “está sendo torturado de forma física e psicológica” por Moraes. Por esse motivo, o advogado vai denunciar o magistrado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, nos Estados Unidos.

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“Em julho, Daniel Silveira teve problemas de cólicas renais por causa de pedras nos rins”, disse Faria. “Comunicamos ao ministro Alexandre de Moraes para que fizesse a análise da progressão, mas o juiz vem postergando.”

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De acordo com o advogado, Moraes viola a Lei 9455/97 — que define os crimes de tortura —, ao não progredir a pena de Daniel Silveira e deixá-lo com a saúde frágil dentro da prisão. “Ele não pode ser tratado”, disse. “A prisão não tem condições de cuidá-lo.”  

Daniel Silveira precisou fazer testes criminológico 

O vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, exigiu que Daniel Silveira fizesse exame criminológico. Trata-se de um teste, feito por psicólogos, que avalia a conduta do preso. Se ele tem bom comportamento, está apto para ir ao regime semiaberto.

Daniel Silveira enfrenta problemas renais | Foto: Divulgação/Câmara dos DeputadosDaniel Silveira enfrenta problemas renais | Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados
Daniel Silveira enfrenta problemas de saúde dentro da prisão | Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados

Hindenburgo, contudo, afirmou que não encontrou nas avaliações nenhum elogio feito pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) ao ex-deputado. 

No entanto, Paulo Faria afirmou ter demonstrado o bom comportamento do ex-deputado na prisão. “O vice da PGR mentiu ao dizer que não encontrou avaliação subjetiva de Daniel Silveira.”

Faria diz que vice da PGR contraria o princípio da anterioridade 

Além disso, o advogado de Silveira disse que o exame criminológico passou a ser exigido em 2024, e a Justiça aplicou a sentença ao ex-deputado em 2022. Isso, de acordo com ele, contraria o princípio da anterioridade.

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“Ou seja, não se pode pegar uma lei nova, que é o caso do exame criminológico, e aplicar ao passado”, afirmou Paulo Faria. “Daniel Silveira foi sentenciado em 2022, e a lei é de 2024. Isso não pode. Parece que o vice da PGR não conhece o princípio da anterioridade.”

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