Caso Marielle: Justiça condena mecânico acusado de destruir carro usado no crime

A Justiça do Rio condenou Edilson Barbosa dos Santos, o Orelha, mecânico que ajudou os assassinos da vereadora Marielle Franco e do motorita Anderson Gomes a se desfazerem do carro GM Cobalt usado no crime. A decisão é do juiz Renan de Freitas Ongaratto, da 39ª Vara Criminal.

Orelha, que está preso desde 28 de fevereiro, foi condenado a 5 anos de prisão pelo crime de embaraçar a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

Preso desde fevereiro, Orelha foi condenado a 5 anos por obstruir a investigação

A denúncia foi oferecida pela força-tarefa do Gaeco em agosto de 2023. Os promotores apontaram que o dono do ferro-velho impediu e embaraçou as investigações, causando sérios prejuízos à administração da Justiça e, por consequência, à busca da verdade real.

Segundo o Gaeco, em 16 de março de 2018, Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz, respectivamente atirador e motorista do duplo homicídio, entregaram o carro a Orelha em praça situada à Avenida dos Italianos, em Rocha Miranda, após ajuste com Maxwell Simões Correa, conhecido como Suel, partícipe dos crimes.

Nas alegações finais, a promotora de Justiça Fabíola Tardin Costa, representante do Ministério Público, destacou que a conduta praticada pelo réu não é incomum no mundo da milícia.

“As estatísticas demonstram que aproximadamente 90% das execuções em crimes premeditados pela milícia carioca são realizadas com este modus operandi, ou seja, com utilização de veículo, seja moto ou automóvel, exatamente em virtude da rapidez proporcionada na fuga, sendo, portanto, elemento fundamental para o êxito do resultado visado que o carro não seja nunca mais localizado.”



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