Barroso defende educação midiática para combater ‘ódio’

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu a educação midiática como ferramenta para combater a “incivilidade, o ódio e a desinformação”. Na ocasião, o magistrado apresentou um guia contra deepfakes — técnica que permite alterar um vídeo ou foto com ajuda de inteligência artificial (IA).

O anúncio ocorreu durante a abertura da sessão no plenário da Corte. O objetivo da ação é ensinar a população como identificar as deepfakes.

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“Nós que estamos enfrentamento a desinformação estamos muito convencidos de que paralelamente à repressão, que pode ser necessária, a educação midiática, as pessoas terem a consciência de analisarem o que estão assistindo e não repassarem acriticamente vídeos e informações, é muito importante”, disse Barroso.

O magistrado também defendeu educar as pessoas a analisarem criticamente o que consomem e a evitarem a disseminação de informações sem reflexão.

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Barroso explica o que são deepfakes

Barroso explicou que deepfakes são conteúdos gerados por inteligência artificial que manipulam vídeos, fotos ou áudios, distorcendo a realidade.

O ministro descreveu esse tipo de informação falsa como uma forma de desinformação que dificulta a distinção entre o real e o fabricado. “É colocar qualquer um de nós aqui dizendo coisas que nunca dissemos, sem que seja possível identificar a olho nu que aquilo é uma falsificação”, afirmou Barroso.

O STF desenvolveu o material em parceria com a organização Data Privacy Brasil. O projeto faz parte do Programa de Combate à Desinformação. Segundo a Corte, o guia busca capacitar cidadãos a reconhecer e lidar com conteúdos falsos, promovendo uma interação mais crítica e informada com os meios digitais.

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