Ex-comandante do Bope comenta 5 questões relacionadas à morte de Marielle Franco

Rodrigo Pimentel, ex-comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), usou a internet para comentar cinco questões relacionadas à morte da vereadora Marielle Franco. Em vídeo divulgado no Instagram, na segunda-feira 1º, o ex-policial disse que há assuntos sem esclarecimento.

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A primeira questão, de acordo com Pimentel, é que os estojos apreendidos pela Polícia Civil no local do crime “eram provenientes de munições compradas pela Polícia Federal (PF)”. 

“Ou seja, a munição que matou Anderson e Marielle foi furtada, subtraída ou desviada de um lote comprado pela PF”, afirmou o ex-comandante do Bope. “E, curiosamente, nas 579 páginas do relatório final, essa pergunta não foi feita ao Ronnie Lessa.” 

O segundo ponto é que a arma utilizada para matar a vereadora, conforme a Polícia Civil, foi uma HK. O ex-policial alega que todas as HKs do Rio de Janeiro são periciadas. Contudo, as HKs da PF não foram apresentadas à Polícia Civil, de maneira que não pode haver perícia.

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“E o ministro Ricardo Lewandowski não sabe disso”, observou o ex-comandante do Bope. “Pode ter certeza. A imprensa também não sabe.” 

Ex-comandante do Bope fala sobre “testemunha-chave” para dificultar o inquérito policial

A terceira questão refere-se a uma “testemunha-chave”, supostamente usada para atrasar o inquérito. Trata-se do policial militar Jorge Ferreira, o “Ferreirinha”. 

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Esse agente foi ouvido por três delegados federais como testemunha. “E, pasmem, por um jornalista de um jornal de maior circulação no Rio de Janeiro”, acrescentou Piamentel. Mesmo assim, “ninguém fala sobre isso”.  

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A primeira questão, de acordo com Pimentel, é que os estojos apreendidos pela Polícia Civil no local do crime ‘eram provenientes de munições compradas pela Polícia Federal (PF)’ | Foto: Reprodução/Instagram

A quarta questão é que Domingos Brazão foi investigado pela primeira vez em abril de 2018. “Ou seja, o Brazão é investigado há seis anos”, disse Pimentel. 

“Quase encerrado”

O último ponto trata do ministro da Segurança Pública do governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), Raul Jungmann. De acordo com Pimentel, Jungmann havia dado uma entrevista em maio de 2018 para comentar o assunto. À época, disse que o caso “estava quase encerrado”.

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“Ou seja, o ministro da Segurança Pública apostava na versão da testemunha falsa”, disse Pimentel. “Ele dá essa entrevista em maio de 2018. Um mês antes, a Polícia Civil começa a investigar o Brazão. Então, certamente, você não sabe disso. Certamente, Alexandre de Moraes não sabe. Certamente, Lewandowski também não sabe. Não posso ouvir, do ministro da Justiça, que o caso está encerrado. Isso não traz justiça.”

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