Indicação de Lula ao STJ é marcada conflitos e ‘guerra de dossiês’

O processo de escolha dos próximos dois ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem gerado movimentações intensas nos bastidores políticos.

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A definição da indicação está sendo adiada, enquanto uma disputa acirrada se desenrola, marcada por tentativas de descreditar candidatos por meio de dossiês.

Duas desembargadoras estão no centro dessa polêmica: Marisa Santos, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), e Daniele Maranhão, do TRF-1. Ambas foram incluídas nas listas tríplices em razão de articulações para garantir a presença de mulheres competentes nas candidaturas.

Enquanto Lula se decide, as acusações ocorrem

Fachada do Superior Tribunal de Justiça (STJ)Fachada do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Fachada do Superior Tribunal de Justiça (STJ) | Foto: Divulgação/STJ

Informações acessadas pelo jornal O Globo revelam que os dossiês contêm acusações sérias, como assédio moral e decisões judiciais controversas.

Marisa Santos é um dos principais alvos, com um documento que inclui textos sobre uma acusação de assédio moral feita em 2008, quando um sindicato a denunciou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por declarações desrespeitosas a servidores.

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Procurada, Marisa afirmou ao jornal que o episódio ocorreu em um contexto de conflitos internos e que suas palavras estavam fora de contexto. O CNJ confirmou que arquivou processo em 2009.

Por sua vez, Daniele Maranhão enfrenta críticas por uma decisão de 2020 que favoreceu o ex-presidente Jair Bolsonaro, ao derrubar uma determinação que o obrigava a usar máscara durante a pandemia. A decisão gerou reações adversas e foi usada por opositores para deslegitimar sua candidatura.

Leia também: “Tribunal das Decisões Cretinas”, artigo de J. R. Guzzo publicado na Edição 236 da Revista Oeste

Além de Marisa e Daniele, Carlos Augusto Pires Brandão, do TRF-1, também está na disputa. Entre os candidatos do Ministério Público, destacam-se Sammy Barbosa Lopes, Maria Marluce Caldas Bezerra e Carlos Frederico Santos.

Com a ausência do candidato preferido de Lula, Rogério Favreto, da lista tríplice, a disputa permanece sem um favorito claro. A expectativa é que a guerra de dossiês continue enquanto o presidente toma sua decisão.



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