‘Se aprovado, PL da Anistia pode ser revisto no STF’

Nesta terça-feira, 5, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, expressou preocupações sobre o PL da Anistia, referente aos atos do 8 de janeiro. Ele destacou que a proposta pode passar por revisão no Supremo Tribunal Federal (STF) por “extrapolar os limites constitucionais”. A fala ocorreu em entrevista ao canal GloboNews.

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A Câmara dos Deputados formará uma comissão especial para analisar o projeto, depois da sua remoção da pauta da Comissão de Constituição e Justiça, na semana passada.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adiou a discussão, pois identificou na proposta um recurso político para a eleição do novo líder da Casa Legislativa, em fevereiro de 2025.

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“Se, eventualmente, esta decisão ou lei ou emenda constitucional for aprovada no sentido de anistiar aqueles que participaram dos episódios de 8 de janeiro de 2023, essa questão poderá em tese ser apreciada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no que diz respeito a uma eventual extrapolação dos limites constitucionais”, disse Ricardo Lewandowski.

O trâmite legal do PL da Anistia

Palácio do Congresso Nacional, onde fica a Câmara dos Deputados brasileira. Lá, deputados votam o projeto de anistia aos presos do 8 de janeiroPalácio do Congresso Nacional, onde fica a Câmara dos Deputados brasileira. Lá, deputados votam o projeto de anistia aos presos do 8 de janeiro
Palácio do Congresso Nacional, local em que se encontra a Câmara dos Deputados brasileira | Foto: Rodolfo Stuckert/Acervo Câmara dos Deputados

Ainda que tenha experiência anterior como ministro do STF, Lewandowski evitou comentar diretamente a lei. Ele disse preferir respeitar a separação dos Poderes e que o Congresso, que representa a soberania popular, decidirá com independência.

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Integrantes do governo, como o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, já manifestaram-se contrários à anistia aos condenados pelo 8 de janeiro. A pauta tem a defesa da oposição ao governo Lula na Câmara dos Deputados.

Padilha já afirmou que “projetos como esse aumentam a intolerância e geram beligerância na Câmara”. “Vamos trabalhar para que não seja votado na CCJ”, afirmou em setembro.

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Já Lira prometeu dar sequência à proposta. No entanto, ele não especificou o processo e negou acordos sobre o mérito. O presidente da Casa mencionou que a comissão terá até 40 sessões para examinar o texto, de forma a seguir o “rito normal e regimental”.

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