Caso de delator do PCC morto em aeroporto não será federalizado

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, se manifestou, nesta terça-feira, 12, sobre a federalização do assassinato de Antônio Gritzbach, empresário que morreu no Aeroporto de Guarulhos, em virtude de ser delator de crimes do PCC no Ministério Público de São Paulo.

Conforme Lewandowski, o caso é “de clara competência do Estado”. Dessa forma, o processo não deve ser federalizado “a princípio”, apesar de ter elementos que permitem a atuação da Polícia Federal (PF) na investigação. Isso porque os criminosos mataram Gritzbach em um perímetro de jurisdição federal.

“Em um primeiro momento, não existe nenhuma ideia de federalizar esse caso”, disse o ministro, durante coletiva de imprensa. “Ocorre que o réu fez a colaboração ao Ministério Público do Estado. Então, a princípio, o caso é de competência da polícia paulista.”

Lewandowski ainda classificou o homicídio como “um crime sem precedentes” que “merece uma investigação rigorosa e uma repressão bastante energética”.

Assassinato de delator do PCC em aeroporto

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O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, durante seminário promovido pelo grupo Esfera Brasil, em São Paulo – 22/0/2024 | Foto: Aloisio Mauricio/Estadão Conteúdo

O homicídio do delator do PCC ocorreu na sexta-feira dia 8. Gritzbach estava saindo do aeroporto de Guarulhos quando foi baleado com 29 tiros e morreu na hora.

Em abril, ele assinou uma proposta de acordo de delação premiada com a Justiça para entregar membros da facção, por lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

Na colaboração premiada, o empresário relatou ter informações que comprometem três membros do PCC.

Ele também se propôs a apresentar informações referentes à prática de atos de corrupção policial envolvendo delegados do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, Departamento Estadual de Investigações Criminais e 24º Distrito Policial da Capital.

Leia também: “Justiça vendida”, reportagem publicada na Edição 242 da Revista Oeste



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