Fila do INSS alcança 1,8 milhão de pessoas e aumenta 33%

A fila de espera por benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) interrompeu a trajetória de queda e voltou a subir no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O dado é mais um que pode explicar o crescente descontentamento da população com a gestão petista.

Em um intervalo de apenas três meses, o volume de solicitações em análise subiu 445 mil. Assim, a fila alcançou 1,8 milhão de pessoas, o maior valor desde julho de 2023 e equivalente a patamares observados próximos ao fim da pandemia de covid-19. O Boletim Estatístico da Previdência Social e o Portal de Transparência Previdenciária divulgaram os dados.

INSS interrompe tendência de queda 

Até então, as informações sobre a fila do INSS estavam congeladas no mês de junho de 2024, quando a tendência ainda era de queda no número de pedidos em análise. Especialistas de fora do governo ficaram incomodados com a demora na publicação dos documentos e questionavam se por trás dela haveria alguma tentativa do Executivo de protelar a divulgação.

A redução da fila foi uma promessa de campanha de Lula. Agora, porém, o acúmulo de pedidos representa o segundo maior patamar de seu atual mandato —atrás apenas do valor de julho de 2023.

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Uma das desculpas do governo seria que a greve do INSS afetou as atividades do órgão nos últimos meses, sobretudo em julho e agosto. Nesse período, houve aumento de requerimentos em análise. Só na passagem de junho para julho, o salto foi de 187,2 mil pedidos a mais à espera de uma resposta.

Em agosto, a expansão foi ainda mais significativa: 230,3 mil requerimentos a mais na fila. Em setembro, o incremento já foi menor, de 27,5 mil. Diante desse quadro, o tempo médio de concessão também subiu, de 36 dias em julho (menor valor dos últimos dois anos) para 41 dias em setembro.

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Além disso, um número maior de pessoas está à espera de uma resposta há mais de 45 dias. Esse contingente saiu de 541,2 mil em junho para 705,1 mil em setembro.

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