A primeira-dama do Brasil, Janja Silva, afirmou considerar “machismo” o fato de não ter direito a um gabinete formal. Ela citou os exemplos dos Estados Unidos, do México e do Paraguai, que dispõem de estruturas do tipo para as primeiras-damas, para expressar insatisfação com a falta de um escritório em Brasília.
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“A primeira-dama dos Estados Unidos tem um gabinete, e outras diversas primeiras-damas têm”, disse Janja, em entrevista à emissora CNN Brasil no último sábado, 16. Ela falou também que recebeu uma carta da primeira-dama do Paraguai, a qual foi enviada de um escritório oficial.
A primeira-dama brasileira lamentou não poder assinar cartas de um gabinete. “Se eu quiser produzir alguma coisa, uma carta, alguma coisa, eu pago do meu bolso, e isso ninguém sabe.” Janja disse também que paga pelas roupas que usa.
Outras insatisfações de Janja
Essa não foi a primeira vez que Janja expressou descontentamento com a ausência de um escritório oficial. Em novembro de 2023, ela utilizou argumentos semelhantes aos ditos à CNN Brasil.
Na entrevista do último sábado, a primeira-dama também relembrou um tour pela Casa Branca, que começou pela cozinha. A situação ocorreu no ano passado e, segundo ela, também refletiu machismo. “Uma mulher, óbvio, ela quer conhecer a cozinha da casa.”
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Janja ainda defendeu a regulação das redes sociais, ao afirmar que “o mundo digital não pode ser um mundo sem regras”. Ela negou que a medida seja equivalente à censura e mencionou Elon Musk ao tratar do assunto.
No último fim de semana, a primeira-dama xingou o empresário, recém-nomeado para o futuro governo de Donald Trump, durante um evento do G20. Musk é dono do Twitter/X, da Tesla e da SpaceX.
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