O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, manifestou sua objeção às sanções impostas pelos Estados Unidos, em um pronunciamento nesta quarta-feira, 27. A medida norte-americana impacta 21 integrantes do regime venezuelano, em resposta às suas ações nos protestos que ocorreram depois da contestada eleição de julho.
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Entre os sancionados, estão o ministro do Planejamento, Ricardo José Menendez, e o ministro das Comunicações, Freddy Alfred Nazaret, ambos do mesmo partido de Maduro. Figuras do alto escalão na inteligência venezuelana, como Alexis José Rodriguez e Javier José Marcano, também estão na lista.
Outra nome da lista é Daniella Cabello, filha do ministro do Interior, Diosdado Cabello, ex-cantora pop que hoje dirige uma iniciativa econômica.
Durante uma cerimônia militar em Maracay, Maduro afirmou que as sanções dos EUA miram “um grupo de homens proeminentes”, incluindo “líderes populares, escritores, homens de letras, líderes políticos, líderes militares”.
“Hoje, o decadente governo dos Estados Unidos publicou o que eles chamam de sanções contra um grupo de homens proeminentes venezuelanos”, afirmou Maduro. “Líderes populares, escritores, homens de letras, líderes políticos, líderes militares.”
Problemas de Maduro com os Estados Unidos
Maduro caracterizou a ação como parte de uma estratégia americana para enfraquecer sua administração e desestabilizar o regime venezuelano. A eleição presidencial da Venezuela enfrentou severas críticas, tanto da oposição nacional quanto internacionais.
A oposição venezuelana, juntamente com vários países ocidentais e diversas organizações internacionais, condenou o pleito como carente de transparência. Maduro ainda não divulgou as atas oficiais do pleito.
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Altos funcionários do governo dos EUA acreditam que as sanções são uma ferramenta para pressionar as autoridades venezuelanas a se distanciarem do regime de Maduro. O objetivo é facilitar uma transição democrática no país.