O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse a líderes partidários que o pacote econômico que o governo anunciou nesta quarta-feira, 27, não é “corte de gastos”, mas “contenção de despesas”.
A equipe econômica discute há aproximadamente 40 dias formas de cortar os gastos do governo para poder cumprir a meta fiscal, que seria de déficit zero em 2024. Para 2025 e 2026 serão necessárias reduções de mais despesas para que se cumpra efetivamente o marco fiscal.
Haddad evita falar em cortes
Haddad fez uma exposição rápida aos líderes de partidos da base aliada. A reunião ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília. Durou pouco mais de uma hora. Além do ministro da Fazenda e do presidente Lula da Silva (PT), o encontro reuniu mais dois ministros. No caso, Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, e Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social.
A forma como o ministro tratou as medidas chamou a atenção de quem estava presente. Para cada item do pacote, Haddad se preocupava em dizer que não estava havendo um corte que pudesse ter impacto para os brasileiros mais pobres. Acrescentou, sobretudo, que a política social do governo Lula estava preservada.
A fala de Haddad reapareceu de maneira sintética em sua frase no pronunciamento em cadeia de rádio e TV. Na oportunidade, o ministro destacou que administração petista tem um “olhar humanista sobre a economia”.
Para muitos políticos, o discurso de Haddad e sua presença na TV em rede nacional foram sinais de um posicionamento para a campanha de 2026. Embora o nome de Lula siga na lista de provável candidato à reeleição, outras hipóteses ganham força.
Ministro pode ser opção para 2026
Entre elas, a de que o petista desista de concorrer em razão da idade avançada. Em outubro de 2026, Lula terá 81 anos. Nesse sentido, aliados consideram a possibilidade de o atual presidente repetir o que fez Joe Biden, nos Estados Unidos. Ou seja, abrir mão da candidatura.
Assim, um dos nomes que aparecem como alternativa é o de Fernando Haddad. Na televisão, o ministro falou mais de programas sociais do governo atual do que do pacote de cortes nas despesas federais.
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