Site com críticas ao STF foi congelado por ‘decisão humana’, relata jornalista – Paulo Figueiredo

O jornalista Eli Vieira, criador de um site com críticas ao STF, relatou que domínio foi congelado por ‘decisão humana’.

O site “Morte à Democracia”, criado pelo jornalista Eli Vieira para ironizar o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi congelado por “decisão humana”. A informação foi divulgada por Vieira nesta sexta-feira, 29, em uma publicação no Twitter/X.

O jornalista estabeleceu contato com o provedor do domínio nesta manhã. A funcionária soube dizer o motivo do congelamento, mas recomendou que Vieira enviasse um e-mail para questionar a empresa sobre o incidente.

Em entrevista a Oeste realizada na véspera, ele relatou que não sabia de onde partiu a ordem para a suspensão. “Fiz os pagamentos, tenho os comprovantes”, disse. “Não há motivos.” Para substituir o site bloqueado, Vieira criou os domínios morteademocracia.censuranao.com e amigodoamigodomeupai.com.br

Para ironizar STF, jornalista “seguiu” sugestão de Toffoli

O jornalista criou o site depois de uma fala de Toffoli no julgamento de processos sobre o Marco Civil da Internet. O STF vai decidir sobre a regulação das redes sociais no país.

Na ocasião, o magistrado perguntou a uma advogada que representava uma das plataformas se o domínio “morteademocracia.com.br” poderia ser registrado. A jurista respondeu que “sim”. Depois, o ministro continuou: “E para retirá-lo do ar, dependerá de uma decisão judicial, em razão do artigo 19”.

Vieira disse a Oeste que criou a página para demonstrar “a fraqueza dos argumentos de Toffoli, que ignorou as palavras de uma especialista sobre os brasileiros serem livres para criar domínios como este”.

“O fato de o ministro ter argumentado com a insinuação de que não somos livres só demonstra que há um acordo ali”, afirmou o jornalista. “O acordo é entre Alexandre de Moraes e outros autoritários, como Flávio Dino e Cármen Lúcia, para derrubar o artigo 19 do Marco Civil.”

Segundo ele, os ministros não estão ouvindo realmente o argumento dos advogados das redes sociais. “E claramente já têm uma decisão pronta para limitar mais ainda as nossas liberdades”, refletiu.

Site apresenta compilado de manchetes

Para Eli Vieira, Moraes já violava havia anos o artigo 19 e outros elementos do Marco Civil, algo que ele, Michael Shellenberger e David Ágape revelaram com os Twitter Files Brasil.

“A opinião de que o TSE presidido por Moraes violou nossa lei maior da internet era dos próprios conselheiros jurídicos do Twitter pré-Musk”, observou Vieira. “Se derrubarem o artigo, estarão lavando as violações e contando com a nossa amnésia.”

O repórter publicou, até o momento, 19 reportagens e editoriais, nacionais e estrangeiros. De acordo com ele, os textos deixam os visitantes do site concluírem por si mesmos qual é o respeito que ministros do STF têm pela democracia e pelas liberdades individuais.

“Com o material que publiquei, os visitantes também têm a oportunidade de refletir se alguns dos ministros realmente têm a ‘reputação ilibada’ que a Constituição exige para ocupar suas cadeiras”.

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O jornalista Eli Vieira, criador de um site com críticas ao STF, relatou que domínio foi congelado por ‘decisão humana’.

O site “Morte à Democracia”, criado pelo jornalista Eli Vieira para ironizar o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi congelado por “decisão humana”. A informação foi divulgada por Vieira nesta sexta-feira, 29, em uma publicação no Twitter/X.

O jornalista estabeleceu contato com o provedor do domínio nesta manhã. A funcionária soube dizer o motivo do congelamento, mas recomendou que Vieira enviasse um e-mail para questionar a empresa sobre o incidente.

Em entrevista a Oeste realizada na véspera, ele relatou que não sabia de onde partiu a ordem para a suspensão. “Fiz os pagamentos, tenho os comprovantes”, disse. “Não há motivos.” Para substituir o site bloqueado, Vieira criou os domínios morteademocracia.censuranao.com e amigodoamigodomeupai.com.br

Para ironizar STF, jornalista “seguiu” sugestão de Toffoli

O jornalista criou o site depois de uma fala de Toffoli no julgamento de processos sobre o Marco Civil da Internet. O STF vai decidir sobre a regulação das redes sociais no país.

Na ocasião, o magistrado perguntou a uma advogada que representava uma das plataformas se o domínio “morteademocracia.com.br” poderia ser registrado. A jurista respondeu que “sim”. Depois, o ministro continuou: “E para retirá-lo do ar, dependerá de uma decisão judicial, em razão do artigo 19”.

Vieira disse a Oeste que criou a página para demonstrar “a fraqueza dos argumentos de Toffoli, que ignorou as palavras de uma especialista sobre os brasileiros serem livres para criar domínios como este”.

“O fato de o ministro ter argumentado com a insinuação de que não somos livres só demonstra que há um acordo ali”, afirmou o jornalista. “O acordo é entre Alexandre de Moraes e outros autoritários, como Flávio Dino e Cármen Lúcia, para derrubar o artigo 19 do Marco Civil.”

Segundo ele, os ministros não estão ouvindo realmente o argumento dos advogados das redes sociais. “E claramente já têm uma decisão pronta para limitar mais ainda as nossas liberdades”, refletiu.

Site apresenta compilado de manchetes

Para Eli Vieira, Moraes já violava havia anos o artigo 19 e outros elementos do Marco Civil, algo que ele, Michael Shellenberger e David Ágape revelaram com os Twitter Files Brasil.

“A opinião de que o TSE presidido por Moraes violou nossa lei maior da internet era dos próprios conselheiros jurídicos do Twitter pré-Musk”, observou Vieira. “Se derrubarem o artigo, estarão lavando as violações e contando com a nossa amnésia.”

O repórter publicou, até o momento, 19 reportagens e editoriais, nacionais e estrangeiros. De acordo com ele, os textos deixam os visitantes do site concluírem por si mesmos qual é o respeito que ministros do STF têm pela democracia e pelas liberdades individuais.

“Com o material que publiquei, os visitantes também têm a oportunidade de refletir se alguns dos ministros realmente têm a ‘reputação ilibada’ que a Constituição exige para ocupar suas cadeiras”.

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