O ex-presidente Jair Bolsonaro e o Partido Liberal (PL) articulam uma estratégia para fortalecer sua base no Senado nas eleições de 2026, potencialmente abrindo mão de uma candidatura própria ao governo do Rio de Janeiro. A movimentação inclui nomes de aliados fortes como Washington Reis (MDB), que pode disputar o Palácio Guanabara com o apoio do senador Flávio Bolsonaro. As informações são do Agenda do Poder.
Entre os possíveis postulantes ao governo estão também Rodrigo Bacellar (União Brasil), atual presidente da Alerj, e Dr. Luizinho (PP), que conta com a simpatia de partidos alinhados à gestão do governador Cláudio Castro. Apesar disso, o foco do PL parece ser conquistar as duas vagas disponíveis para o Senado.
Flávio Bolsonaro e Cláudio Castro como possíveis candidatos ao Senado
A primeira vaga para o Senado seria ocupada por Flávio Bolsonaro, que tentará a reeleição. Seu sobrenome e visibilidade no cenário político nacional fazem dele um candidato com chances amplamente favoráveis. Já a segunda vaga pode ser disputada por Cláudio Castro, que, segundo fontes próximas, voltou a considerar a possibilidade de renunciar ao governo para entrar na corrida eleitoral. Outra alternativa para o PL seria o líder do partido na Câmara, Altineu Côrtes.
O alinhamento para as vagas no Senado reflete a intenção declarada de Jair Bolsonaro de formar uma base robusta no Congresso, especialmente no Senado, que terá duas cadeiras renovadas em cada estado nas próximas eleições. Bolsonaro acredita que essa configuração poderá facilitar uma recomposição de forças políticas a seu favor no Legislativo.
Candidatura ao governo e alianças estratégicas
No cenário do governo estadual, o apoio a Washington Reis ou a outros nomes centristas visa a construção de uma coalizão ampla, capaz de rivalizar com o provável candidato Eduardo Paes (PSD), que deve contar com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dentro do PL, há discussões sobre a viabilidade de apresentar um nome de perfil mais moderado para o governo, o que poderia atrair o eleitorado de centro-direita e fortalecer alianças. Deixar a cabeça de chapa e a vice-governadoria nas mãos de outros partidos abriria espaço para um palanque diversificado, com o apoio de prefeitos de cidades do interior, onde a base bolsonarista possui forte penetração eleitoral.
Eleição no Senado: renovação e foco estratégico
A eleição de 2026 será marcada por uma renovação significativa no Senado, já que dois terços das cadeiras estarão em disputa. Essa configuração é vista por Bolsonaro como uma oportunidade estratégica para consolidar o protagonismo de seu grupo político. O PL aposta em figuras de alta visibilidade e em alianças com partidos de centro-direita para garantir as duas vagas no estado do Rio de Janeiro.