Alessandra Haber, deputada federal mais votada do MDB em 2022, entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se desfiliar do partido. Ela alega “justa causa” e diz enfrentar “grave discriminação pessoal” dentro da legenda.
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De acordo com a parlamentar, a situação que se agravou depois de conflitos políticos que envolveram seu marido, Dr. Daniel. Prefeito reeleito de Ananindeua (PA), ele deixou o partido e se filiou ao PSB.
A mudança ocorreu devido a desentendimentos sobre a formação de chapas para as eleições municipais. Esse rompimento político trouxe consequências diretas para Alessandra. Ela afirma que o MDB a excluiu das atividades parlamentares e partidárias, o que a fez perder sua posição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Diz ainda que não é mais convocada para reuniões.
Em documento protocolado no TSE, Alessandra destaca: “Este rompimento político extrapolou a esfera jurídica do cônjuge da autora, trazendo-lhe consequências diretas e severas, que passou a enfrentar uma série de represálias por parte da agremiação requerida”.
Consequências do rompimento político com o MDB
Dr. Daniel, reeleito, com 83,48% dos votos válidos, planeja concorrer ao governo do Pará em 2026, segundo o jornal, em busca de desbancar a hegemonia do atual governador, Helder Barbalho (MDB-PA). Ele se elegeu em 2020 com o apoio direto de Barbalho, que já governou Ananindeua entre 2004 e 2012.
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Em abril, Dr. Daniel oficializou sua filiação ao PSB, motivado por divergências na composição das alianças eleitorais municipais. Essa movimentação teve impacto direto na carreira política de Alessandra, culminando na ação judicial por desfiliação do MDB.
Até agora, nem o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), nem a presidência do partido se manifestaram sobre as acusações feitas pela deputada.
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