A Frente Parlamentar em Defesa do Afroturismo se reuniu com representantes do setor, na noite desta segunda-feira (9), na Câmara Municipal do Rio de Janeiro (CMRJ), para discutir a elaboração de políticas públicas destinadas à valorização e preservação do patrimônio cultural afro-brasileiro do Rio. O encontro foi conduzido pela presidente do colegiado, a vereadora Monica Cunha (PSOL).
A vereadora ressaltou que já existe uma percepção do trade turístico quanto à importância e à atratividade desses locais. O fenômeno não é apenas regional, mas também global, segundo Monica Cunha.
“Quando a gente lança essa Frente aqui, em maio deste ano, nós estamos em sintonia com uma tendência. Até internacionalmente já estão valorizando o afroturismo porque já estão percebendo o quanto, de fato, nós somos são só consumidores, mas também somos aqueles que constroem, que fazem cultura”, afirmou a vereadora.
Durante o encontro, a presidente do colegiado lembrou ações da CMRJ de incentivo ao afroturismo e à valorização da cultura negra. A Lei 8.095/2023, por exemplo, inclui o Dia do Jongo no calendário oficial da cidade. O Projeto de Lei 3482/2024 cria a Semana Municipal do Afroturismo; o 3185/2024 reconhece a região político-cultural da Grande Madureira como região de Confluência Afrodiaspórica; e o 3314/2024 institui a Política Municipal de Promoção do Afroturismo no Rio.
A turismóloga e CEO da Conectando Territórios, Thaís Rosa Pinheiro ressaltou que os órgãos oficiais de turismo devem ampliar os conhecimentos do mercado e das políticas aplicáveis em cada unidade da federação.
“É essencial esse tipo de evento, principalmente quando a gente está falando de afroturismo, que é um mercado com grande potencial no Brasil e que precisa de muitas políticas públicas para o seu desenvolvimento. É necessário que os órgãos oficiais de turismo tenham conhecimento do mercado, das políticas que podem ser aplicadas em cada estado do país. A educação também é importante”, sublinhou Thaís Rosa.
A diretora Operacional da Agência Etnias, Turismo e Cultura, Bruna Cordeiro ressaltou que “esses espaços culturais precisam ser valorizados, porque muitos deles ainda estão em estado de abandono. Além disso, é essencial valorizar as empresas voltadas para esse segmento.”