Durante uma entrevista à Rádio Auriverde, realizada na manhã desta terça-feira, 10, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou uma determinação do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na véspera, Barroso determinou o uso obrigatório de câmeras em fardas pela Polícia Militar de São Paulo.
Bolsonaro também afirmou que difere do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em relação às câmeras em fardas. Porém, ressaltou que não seria um motivo para “brigar” com o político, que classificou como “um ótimo gestor”.
“Pior do que a minha opinião e a do Tarcísio, é o ministro Barroso determinar que São Paulo tenha câmera”, disse. “Ué, Barroso virou governador agora? Já tá errado, menos errado seria se tivesse determinado para o Brasil todo. Por que só São Paulo?”
O ex-presidente avaliou que interferir em decisões que cabem a Tarcísio pode enfraquecer sua autoridade como governador. Ele comparou a situação à decisão do ministro Fachin, que proibiu operações policiais em comunidades durante a pandemia, lembrando que essa medida ainda está em vigor.
“As operações da PF têm o objetivo de me constranger”, afirma Bolsonaro
Também na entrevista, Bolsonaro foi interpelado sobre as acusações referentes à sua residência em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
Na semana passada, o jornal O Globo noticiou um contrato de reforma de R$ 900 mil em um imóvel. Poucas horas depois, o ex-presidente acusou o jornal de espalhar fake news e tentar ligá-lo a lavagem de dinheiro.
“A PF fez uma operação de busca e apreensão nos meus imóveis e na sede do PL aqui em Brasília”, relatou. “O objetivo é constranger, pois vão noticiar que a PF fez uma operação contra mim. Mas não acharam o tal dinheiro.”
Bolsonaro afirmou que possui os comprovantes da transação e da reforma. Ele também disse que tudo foi declarado no Imposto de Renda, e o valor do imóvel foi atualizado em suas declarações de patrimônio.
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