Lewandowski está ‘magoado’ com o governo Lula

Nas últimas semanas, especulações sobre a possível saída de Ricardo Lewandowski do cargo de ministro da Justiça ganham força. Ele assumiu a posição a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), depois de se aposentar do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, o ministro não tem escondido a mágoa que tem nutrido em seu primeiro ano à frente da pasta.

O governo Lula considera Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como um potencial sucessor. O objetivo seria “reestruturar” o ministério.

Pacheco, presidente do Senado, concluirá seu mandato em fevereiro de 2025 e está cotado para integrar o primeiro escalão do governo. Lewandowski, entretanto, nunca almejou o posto de ministro, estando satisfeito com sua aposentadoria.

Ministro não teria demonstrado habilidade política

A pressão vem de críticas à sua gestão, especialmente pela alegada falta de avanços significativos, como o da PEC da Segurança Pública.

Fontes internas do Globo afirmaram que Lewandowski não teria demonstrado habilidade política nas negociações no Congresso.

Aliados de Pacheco veem na mudança uma oportunidade para fortalecer a articulação política do governo. Tal argumento chateia e irrita Lewandowski, que considera essas críticas infundadas e injustas.

Lewandoswki alega ‘boicote interno’

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O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, durante seminário promovido pelo grupo Esfera Brasil, em São Paulo – 2024 | Foto: Aloisio Mauricio/Estadão Conteúdo

Segundo ele, a lentidão no avanço da PEC se deve a um boicote interno, principalmente por parte de Rui Costa, ministro da Casa Civil.

A PEC busca reformular a segurança pública no país, dando maior poder à União para coordenar iniciativas.

Essas iniciativas incluem a integração das polícias e o fortalecimento do Sistema Único de Segurança Pública. Apesar das dificuldades, a PEC começou a ser debatida publicamente no final de outubro, em reunião com governadores.

Lewandowski afirmou que “a fase das propostas” estaria praticamente encerrada. Seu plano é encaminhar a PEC para o Congresso no próximo ano, mas sua continuidade no cargo é crucial para o progresso desse projeto.

A proposta é vista como um passo importante na padronização de protocolos, informações e dados estatísticos sobre segurança pública. A disputa política interna e as negociações podem influenciar o destino da PEC.

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