Recuo foi de 21,7% no acumulado de 1º de janeiro a 19 de dezembro de 2024; na América do Sul, Brasil está à frente só da Venezuela, que tem problemas econômicos
O real foi a 6ª moeda que mais desvalorizou no mundo em relação ao dólar no acumulado de 1º de janeiro a 19 de dezembro de 2024. O recuo foi de 21,7%, segundo levantamento do economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, para o Poder360.
A moeda brasileira só não teve pior desempenho que a de países pobres, como a libra sul-sudanesa (Sudão do Sul), que lidera o ranking, com queda de 72,1% ante o dólar. Na América do Sul, o real só está à frente do bolívar soberano, da Venezuela, cuja desvalorização foi de 29,5%. O país vizinho tem problemas na parte econômica.
O peso argentino teve a 7ª maior desvalorização frente ao dólar (-21,0%). A inflação acumulada nos 12 meses encerrados em novembro no país vizinho foi de 166%.
Na prática, o real está em pior situação, mesmo com a inflação na Argentina no patamar superior a 2 dígitos em 12 meses. Leia o top 15 das moedas mais desvalorizadas abaixo:
O levantamento da agência de classificação de risco considera as variações da chamada ptax, taxa de referência do dólar americano em reais calculada pelo Banco Central. É diferente da cotação comercial, utilizada em transações (que registra uma desvalorização menor, de 20,8%).
INCERTEZA FISCAL INFLUENCIA
O desempenho negativo da Bolsa brasileira se dá ao mesmo tempo que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trabalha para aprovar medidas de ajuste fiscal e o projeto do Orçamento de 2025. O recesso legislativo começa oficialmente na 2ª feira (23.dez), mas deputados e senadores devem deixar Brasília antes disso, por causa do fim de semana.
Investidores demonstraram temor de que o Congresso desidratasse as medidas de cortes de gastos, que economistas e agentes do mercado financeiro já consideravam insuficientes. Ao detalhar o pacote fiscal em 28 de novembro, o impacto estimado pela equipe econômica foi de R$ 71,9 bilhões para 2025 e 2026. A projeção para os próximos 6 anos é de R$ 327 bilhões.
JUROS NOS EUA
Além da incerteza fiscal no Brasil, há a atuação do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA). A autoridade monetária norte-americana tem reduzido com cautela os juros –indicou que deve realizar mais 2 cortes em 2025.
No comunicado disse que a atividade econômica segue em expansão. O corte anunciado na 4ª feira (18.dez) foi de 0,25 ponto percentual.
Com isso, o intervalo da taxa básica de juros foi de 4,50% a 4,75% para 4,25% a 4,50% ao ano. Os juros altos nos EUA atraem recursos para o país norte-americano.
DÓLAR COMERCIAL
O dólar comercial fechou com queda de 2,3% nesta 5ª feira (19.dez), cotado a R$ 6,12. A moeda norte-americana caiu pela 1ª vez depois de 5 pregões seguidos de alta.
A queda está relacionada aos 2 leilões de dólar à vista do Banco Central do Brasil, que somaram US$ 8 bilhões nesta 5ª feira. A autoridade monetária brasileira já vendeu mais de US$ 20 bilhões em leilões à vista ou de linha em dezembro, mas a cotação da moeda dos Estados Unidos segue acima de R$ 6.
Recuo foi de 21,7% no acumulado de 1º de janeiro a 19 de dezembro de 2024; na América do Sul, Brasil está à frente só da Venezuela, que tem problemas econômicos
O real foi a 6ª moeda que mais desvalorizou no mundo em relação ao dólar no acumulado de 1º de janeiro a 19 de dezembro de 2024. O recuo foi de 21,7%, segundo levantamento do economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, para o Poder360.
A moeda brasileira só não teve pior desempenho que a de países pobres, como a libra sul-sudanesa (Sudão do Sul), que lidera o ranking, com queda de 72,1% ante o dólar. Na América do Sul, o real só está à frente do bolívar soberano, da Venezuela, cuja desvalorização foi de 29,5%. O país vizinho tem problemas na parte econômica.
O peso argentino teve a 7ª maior desvalorização frente ao dólar (-21,0%). A inflação acumulada nos 12 meses encerrados em novembro no país vizinho foi de 166%.
Na prática, o real está em pior situação, mesmo com a inflação na Argentina no patamar superior a 2 dígitos em 12 meses. Leia o top 15 das moedas mais desvalorizadas abaixo:
O levantamento da agência de classificação de risco considera as variações da chamada ptax, taxa de referência do dólar americano em reais calculada pelo Banco Central. É diferente da cotação comercial, utilizada em transações (que registra uma desvalorização menor, de 20,8%).
INCERTEZA FISCAL INFLUENCIA
O desempenho negativo da Bolsa brasileira se dá ao mesmo tempo que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trabalha para aprovar medidas de ajuste fiscal e o projeto do Orçamento de 2025. O recesso legislativo começa oficialmente na 2ª feira (23.dez), mas deputados e senadores devem deixar Brasília antes disso, por causa do fim de semana.
Investidores demonstraram temor de que o Congresso desidratasse as medidas de cortes de gastos, que economistas e agentes do mercado financeiro já consideravam insuficientes. Ao detalhar o pacote fiscal em 28 de novembro, o impacto estimado pela equipe econômica foi de R$ 71,9 bilhões para 2025 e 2026. A projeção para os próximos 6 anos é de R$ 327 bilhões.
JUROS NOS EUA
Além da incerteza fiscal no Brasil, há a atuação do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA). A autoridade monetária norte-americana tem reduzido com cautela os juros –indicou que deve realizar mais 2 cortes em 2025.
No comunicado disse que a atividade econômica segue em expansão. O corte anunciado na 4ª feira (18.dez) foi de 0,25 ponto percentual.
Com isso, o intervalo da taxa básica de juros foi de 4,50% a 4,75% para 4,25% a 4,50% ao ano. Os juros altos nos EUA atraem recursos para o país norte-americano.
DÓLAR COMERCIAL
O dólar comercial fechou com queda de 2,3% nesta 5ª feira (19.dez), cotado a R$ 6,12. A moeda norte-americana caiu pela 1ª vez depois de 5 pregões seguidos de alta.
A queda está relacionada aos 2 leilões de dólar à vista do Banco Central do Brasil, que somaram US$ 8 bilhões nesta 5ª feira. A autoridade monetária brasileira já vendeu mais de US$ 20 bilhões em leilões à vista ou de linha em dezembro, mas a cotação da moeda dos Estados Unidos segue acima de R$ 6.
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