Má gestão de Lula sugere que o PT vai levar uma surra na próxima eleição, diz colunista do WSJ

“A má gestão das contas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugere que o Partido dos Trabalhadores (PT) vai levar uma surra na próxima eleição.” É o que afirma a colunista Mary Anastasia O’Grady, em artigo publicado no jornal norte-americano Wall Street Journal, neste domingo, 22.

A jornalista ainda criticou o pacote de gastos apresentado por Lula ao Congresso, aprovado na semana passada. Segundo Mary O’Grady, o projeto “ficou muito aquém do que é necessário para fechar o buraco enorme do Orçamento”.

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“Com um déficit nominal de 9,5% do Produto Interno Bruto (PIB), mais que o dobro do que era quando Lula assumiu o cargo, há dois anos, nenhum plano confiável foi apresentado para redimensioná-lo”, afirma a colunista. “O Brasil enfrenta uma profunda crise fiscal.”

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Lula e o próximo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo | Foto: Reprodução/Youtube

Para a colunista, os projetos do governo brasileiro fazem com que as instituições e o Estado de Direito no país “fiquem em frangalhos”. Ela acredita que, apesar de o Banco Central (BC) fazer de tudo para sustentar a moeda brasileira diante do dólar, os investidores estão reticentes em virtude dos aumentos nas taxas de juros esperados para 2025.

“Esforços de Lula não são suficientes”

A jornalista ainda diz que os “esforços” do governo brasileiro em tentar sustentar o real “não são suficientes para tirar as pessoas da pobreza”. “A próxima eleição presidencial é em outubro de 2026”, lembra a colunista. “Lula tem tempo de endireitar o navio.”

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No entanto, para a jornalista, não está claro se o presidente brasileiro está preocupado em manter o real estável. Mary O’Grady afirma que “Lula é um populista de esquerda, cuja única receita para vencer eleições é oferecer carne”.

Agora, que o Orçamento está esgotado, a colunista afirma que o PT pode fazer maior uso do controle do Supremo Tribunal Federal (STF), do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), de promotores e da Polícia Federal (PF).

Colunista afirma que o presidente usou tecnicismo para concorrer à Presidência

A jornalista lembrou que esses tribunais anularam a condenação de Lula por corrupção, em 2021. “Usou um tecnicismo somente depois que o prazo de prescrição expirou e ele não pôde ser julgado novamente”, afirma. “Isso permitiu que ele concorresse à Presidência, em 2022.”

A PF, por sua vez, “alegou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) faz parte de um grupo ‘criminoso’ que tentou mantê-lo no cargo”. Sobre os promotores, Maria lembra que ainda não acusam Bolsonaro e ele mantém a sua inocência. “Mas o esforço para condená-lo no tribunal da opinião pública é inconfundível”, observa. “Um Tribunal Superior Eleitoral o proibiu de concorrer a um cargo até 2030.”

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