Associação de militares do Rio repudia uso agentes civis no Segurança Presente

A Associação de Oficiais Militares Estaduais do Rio (AME-RJ) se manifestou contra o uso de agentes civis na operação Segurança Presente. A entidade emitiu uma nota de repúdio sobre o tema, na última sexta-feira (31).

O documento é direcionado ao secretário estadual de Governo, André Moura — a Segov é a responsável pelo Segurança Presente. Para a AME-RJ, os civis não têm o preparo técnico e profissional para atuação no patrulhamento ostensivo.

A nota é assinada pelo coronel da Polícia Militar José Maria de Oliveira, presidente da associação. O oficial ainda afirma que o uso dos agentes civis estaria desrespeitando a Constituição Federal.

“A Constituição estabelece, em seu art. 144, como sendo da responsabilidade das polícias militares a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública”, diz trecho do documento.

Dessa forma, os civis estariam praticando usurpação de função, no entendimento da associação.

Protesto de agentes do Segurança Presente na Uerj

O dos motivos para a AME-RJ divulgar a nota foi o protesto de agentes civis do Segurança Presente, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) por conta de atrasos salariais. Para a entidade, este tipo de ato confunde a sociedade.

“É inadmissível a presença de civis nesse serviço, pois leva a sociedade a acreditar que protestos ou paralisação dos serviços, como o que houve na Uerj, são praticados por policiais militares”, acrescentou.

O TEMPO REAL procurou a Segov, responsável pelo programa, e aguarda envio de resposta.

Associação de militares do Rio se volta contra uso agentes civis no Segurança PresenteAssociação de militares do Rio se volta contra uso agentes civis no Segurança Presente
Íntegra da nota de repúdio emitida pela AME-RJ – Foto: Reprodução



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