O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, fez um pronunciamento contundente nesta sexta-feira (15), desafiando o Governo Federal e a concessionária Arteris a tomarem providências sobre o congestionamento crônico da BR-101 no Norte do estado. Em um tom firme, Mello anunciou que pretende dar início às obras da Via Mar antes que qualquer medida concreta seja tomada pelas autoridades federais e pela empresa responsável pela rodovia.
“Eu quero fazer uma aposta com o Governo Federal e com a Arteris. Eu vou começar a obra da Via Mar antes de vocês se mexerem para resolverem o caos do trânsito aqui no Norte do estado”, declarou o governador.
A Via Mar é um projeto de grande porte, idealizado para desafogar a BR-101. A rodovia paralela terá 140 quilômetros de extensão, ligando Joinville a Florianópolis e se conectando ao Contorno Viário. Mello destacou que a iniciativa já está avançando, com o levantamento das desapropriações e medidas para acelerar sua viabilização.
“A Via Mar é um projeto nosso, gigante, com uma rodovia paralela à 101. Sai de Joinville, segue por 140 km até Florianópolis, se conectando com o Contorno Viário, sempre por dentro. Não é uma obra de um mandato só, e deve ser por isso que ninguém se coçava para resolver. Pois nós já estamos tocando o projeto, listando todas as desapropriações e correndo para recuperar o tempo perdido”, afirmou.
O governador enfatizou a necessidade da nova via para garantir a segurança viária, impulsionar a economia e melhorar o escoamento da produção catarinense. Segundo ele, a BR-101 já não suporta mais o volume de veículos, tornando a Via Mar essencial para o desenvolvimento do estado.
“A BR-101 não aguenta mais, por isso a Via Mar é fundamental para Santa Catarina. Vai salvar vidas, fazer a economia crescer, escoar a produção mais rápido, vai trazer mais turista e gerar emprego bom”, reforçou.
Por fim, Mello provocou o Governo Federal e a concessionária Arteris, cobrando ações concretas: “Então tá aí, aposta na mesa. Governo Federal e concessionária, tô pagando pra ver. Topam?”, concluiu.
A declaração do governador repercutiu entre lideranças políticas e setores empresariais, que veem a Via Mar como uma solução necessária para os gargalos logísticos do estado.