Levantamento mostra Lula atrás de Bolsonaro e Marçal em disputa presidencial

Dois possíveis adversários de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparecem numericamente à frente do atual presidente da República em cenários de segundo turno, segundo pesquisa AtlasIntel divulgada na terça-feira (1). O levantamento foi encomendado pela Latam Pulse, em parceria com a Bloomberg, e realizado entre os dias 20 e 24 de março de 2025.

De acordo com os dados, Pablo Marçal (PRTB) lidera a disputa com 51% das intenções de voto contra 46% de Lula. Já Jair Bolsonaro (PL), mesmo inelegível no momento, aparece com 48% contra 46% do petista, mantendo um desempenho considerado competitivo. Em ambos os casos, os adversários venceriam Lula, com vantagem de cinco e dois pontos percentuais, respectivamente.

A pesquisa, feita com 4.659 entrevistas online, tem margem de erro de um ponto percentual e nível de confiança de 95%. O resultado mostra ainda que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), registra empate técnico com o presidente, com 47% das intenções contra 46% de Lula. Nos demais cenários, o petista venceria com folga: 47% a 37% contra Ronaldo Caiado (União Brasil), 46% a 36% contra Eduardo Leite (PSDB) e 44% a 25% contra Romeu Zema (Novo).

Marçal, apesar do bom desempenho, foi condenado por abuso de poder político em fevereiro e está inelegível por oito anos. A decisão, no entanto, ainda pode ser revertida em instâncias superiores. Já Bolsonaro, também com a elegibilidade comprometida por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segue citado em simulações como possível nome da oposição com força popular.

O cenário é diferente do observado na pesquisa de fevereiro, quando apenas Tarcísio de Freitas figurava com desempenho expressivo contra o atual presidente. O crescimento de Marçal e Bolsonaro nas simulações de março é interpretado como um indicativo de desgaste da imagem do governo.

A avaliação negativa da atual gestão federal também aparece no levantamento. Segundo a pesquisa, 53,6% dos entrevistados desaprovam o governo Lula. A desaprovação é maior do que a registrada em levantamentos anteriores e coincide com a melhora de desempenho de nomes da oposição, que se consolidam como alternativas viáveis no cenário político de 2026.



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