Carlos Jordy vai à Justiça contra irmão, Renan, por uso de apelido político

A relação entre os irmãos Carlos e Renan Jordy, ambos filiados ao PL, azedou de vez. O deputado federal Carlos Jordy entrou na Justiça para impedir que o irmão, Renan, atualmente deputado estadual na Alerj, utilize o sobrenome “Jordy” como nome político. As informações são de Vitor D´Avila/Tempo Real.

No processo movido na vara cível, Carlos Jordy — cujo nome de batismo é Carlos Roberto Coelho de Mattos Júnior — sustenta que o uso do sobrenome por Renan o prejudica politicamente, já que matérias jornalísticas com o nome “Jordy” nem sempre especificam qual dos dois parlamentares está sendo citado. Carlos afirma que utiliza o apelido desde a infância e que ele foi vinculado à sua trajetória política desde 2016, quando foi eleito vereador de Niterói.

Segundo o deputado federal, ele permitiu que o irmão adotasse o nome “Jordy” durante a campanha de 2022, quando Renan Leal concorreu ao cargo de deputado estadual, com a condição de que seu comportamento, após eleito, fosse compatível com o decoro parlamentar — o que, segundo Carlos, não se confirmou.

Para fundamentar o pedido, Carlos anexou ao processo reportagens negativas que envolvem o irmão, como um suposto caso de racismo na Alerj e um episódio em que Renan teria agredido um trabalhador durante o desfile das escolas de samba.

Em 2020, Renan havia disputado as eleições municipais como vereador em Niterói usando seu sobrenome original, Leal, sem sucesso. Apenas na campanha seguinte, em 2022, passou a utilizar “Jordy”, tendo obtido uma vaga como suplente na Alerj.

A tentativa inicial de Carlos foi rejeitada pela Justiça. Em sua decisão, o juiz Victor Augustin Torres argumentou que “ninguém pode se assenhorar de um nome ou de um tratamento público”, ressaltando que “o autor também incorporou a alcunha que deriva de sua semelhança, quando criança, a um cantor francês”.

Ainda segundo o magistrado, “se a questão é, como parece, de interesse eleitoral, deve ser resolvida na justiça especializada, quando da exploração de nome de urna. Porém, insista-se, não na justiça cível”.

Inconformado, Carlos Jordy recorreu da decisão, alegando que o irmão não tem motivo legítimo para utilizar o apelido, já que nunca foi conhecido por ele anteriormente e não possui uma carreira política consolidada. No recurso, o parlamentar reafirma que as condutas de Renan seriam “incompatíveis com a atividade parlamentar” e danosas à sua própria imagem pública.

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