Presidente do Progressistas (PP), o senador Ciro Nogueira (PI) afirmou que a federação entre a legenda e o União Brasil está próxima de ser consolidada. Interpelado por Oeste, o parlamentar explicou que o andamento das negociações depende agora da decisão do partido, comandado por Antônio Rueda.
“Está bem encaminhado”, disse Ciro Nogueira. “Estou esperando uma decisão do União Brasil. De acordo com o senador, o avanço nas conversas animou os envolvidos com a possibilidade da aliança. Deve acontecer em breve.”
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Apesar do otimismo do presidente do PP, integrantes do União Brasil demonstram resistência à medida. Parte da cúpula da legenda avalia que a federação pode comprometer a autonomia interna do partido, além de gerar disputas regionais por protagonismo político.
Como será a federação entre o PP e o União Brasil
A proposta em discussão prevê uma união formal entre as siglas, com atuação conjunta no Congresso e nas eleições, seguindo as mesmas diretrizes partidárias. O formato tem validade mínima de quatro anos e exige integração administrativa e programática entre as legendas.
A articulação ocorre em meio à tentativa de reestruturação do campo da direita e da centro-direita, que busca se consolidar como alternativa ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — marcado por escândalos de corrupção e aparelhamento do Estado.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, demonstrou contrariedade à proposta de federação. Indagado por Oeste, o goiano classificou a ideia como prejudicial. “Seria um tiro no pé ou na cabeça”, afirmou.


“Acho que forçar essa federação é um tiro no pé dos partidos”, argumentou Caiado. “Para não dizer um tiro na cabeça. O União Brasil e o PP são partidos grandes, consolidados na maioria dos Estados, e fazer essa junção agora não é algo simples.”
O político ainda afirmou que o União passa por fase de “recuperação” da última fusão, com os extintos Democratas e Partido Social Liberal. “Até hoje, não conseguimos superar alguns rachas regionais, fruto da fusão do DEM com o PSL, que ocorreu em 2022. Acho que essa discussão não deve ser feita agora.”