O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou aos líderes partidários a contratação de uma agência de publicidade para melhorar a imagem da Casa. O custo estimado da campanha é de R$ 90 milhões, com foco em anúncios na televisão e em outros veículos tradicionais.
Durante reunião com os senadores, Alcolumbre disse que o objetivo é reforçar a percepção pública da Casa. Como resultado, a proposta recebeu apoio da maioria dos parlamentares, sem objeções aos valores previstos. Entretanto, não é a primeira vez que ele propõe esse tipo de iniciativa.
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Sessões de votação no plenário seguem escassas em 2025. Até abril, apenas seis reuniões resultaram na deliberação de 14 projetos. Nesse sentido, a baixa produtividade contrasta com o aumento nos investimentos em divulgação institucional.
Além disso, no ano passado, a Casa já havia desembolsado R$ 50 milhões com campanhas para promover as atividades dos senadores.
A máquina de comunicação do Senado é robusta. Ele conta com departamentos dedicados ao tema, como a Secretaria de Comunicação Social, a Diretoria de Jornalismo, o Núcleo de Imprensa, a Rádio Senado e a TV Senado, além de equipes técnicas e administrativas específicas para contratos e engenharia de comunicação.
Mesmo com essa estrutura, Alcolumbre pretende terceirizar a imagem institucional, com novos gastos milionários.
Senado teve orçamento de R$ 4,3 bilhões em 2024
O Brasil tem o segundo Legislativo mais caro do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo levantamento da Organização das Nações Unidas, divulgado em 2018, os custos operacionais do Congresso Nacional são desproporcionais em relação a outros países.
Em 2024, o orçamento do Senado atingiu R$ 4,3 bilhões. Cada congressista ainda dispõe de uma cota mensal para autopromoção, que varia de R$ 21 mil a R$ 44 mil, dependendo do Estado de origem. O valor é liberado por meio do “cotão”, destinado à divulgação da atividade parlamentar.
