Lula ataca ‘elite’ brasileira ao inaugurar campus no Rio de Janeiro

Durante evento em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a elite brasileira deveria sentir vergonha por não ter garantido acesso dos mais pobres à educação superior.

O petista fez a declaração nesta segunda-feira, 14, durante a inauguração de um novo campus da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Lula voltou a criticar o atraso histórico na fundação de instituições de ensino no país. Segundo ele, o Brasil só criou o seu primeiro centro em 1920, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, enquanto o Peru já contava com uma em 1550.

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Ao elevar o tom, o petista argumenta que o atraso educacional nacional só foi enfrentado quando um “mecânico sem diploma universitário” assumiu o comando do Executivo. Portanto, ele afirma ser “o presidente que mais fez universidades” e “institutos federais” na história do país.

“O Brasil só foi ter sua primeira universidade federal em 1920, o Peru teve em 1550”, disse Lula. “A elite que ocupou esse país a partir de Portugal só imaginava que a gente fosse indígena, negro, trabalhador e cortador de cana.”

Público pede que Lula barre possível cassação de Glauber Braga

A cerimônia contou com a presença dos ministros da Educação, Camilo Santana; da Secretaria-Geral, Márcio Macedo; e dos Transportes, Renan Filho. Participantes do evento vaiaram Wladimir Garotinho (PSD), prefeito de Goytacazes. Além disso, os manifestantes ligados a movimentos estudantis usaram a cerimônia para cobrar Lula.

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Nesse sentido, eles entoaram gritos de “Glauber Fica”, pedindo ao presidente que se posicione contra a possível cassação do mandato do deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ), em tramitação na Câmara.

O governo aproveitou o evento para anunciar novos investimentos na educação fluminense. O campus da UFF recebeu repasse de R$ 74,4 milhões. Da mesma forma, a administração lançou um edital da Rede Nacional de Cursinhos Populares, programa que vai apoiar vestibulandos de baixa renda.

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Com a popularidade em queda, o governo tenta se reposicionar com entregas na área social. Segundo a pesquisa Genial/Quaest, 56% da população desaprova a gestão Lula. Os compromissos no Rio fazem parte de um esforço de comunicação coordenado pelo Planalto.



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