Depois de a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) ter seu gênero registrado como masculino em um visto diplomático emitido pelos Estados Unidos, a Embaixada norte-americana em Brasília reafirmou sua política de reconhecer apenas dois sexos: masculino e feminino. O órgão afirmou à Agência Brasil que esses sexos são considerados imutáveis desde o nascimento.
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“A Embaixada dos Estados Unidos informa que os registros de visto são confidenciais conforme a lei norte-americana, e, por política, não comentamos casos individuais”, informou o órgão diplomático. “Ressaltamos também que é política dos EUA reconhecer dois sexos: masculino e feminino.”
A reação de Erika Hilton
Erika Hilton foi convidada a palestrar em eventos na Universidade de Harvard e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Ao tomar conhecimento do ocorrido, a parlamentar descreveu a situação como violenta, desrespeitosa e abusiva.
A deputada ainda acrescentou que a decisão representa “uma expressão escancarada, perversa e cruel”. Ela ainda chamou o governo norte-americano de “transfóbico”.
“Se a embaixada dos EUA tem algo a falar comigo, que fale baixo, dentro do prédio deles”, escreveu Erika nas redes sociais. “Cercado, de todos os lados, pelo nosso Estado Democrático de Direito.”
Parlamentar quer questionar o governo norte-americano
De acordo com a CNN Brasil, Erika Hilton está preparando uma ação internacional para questionar o governo norte-americano sobre a decisão.
Além disso, a deputada está buscando agendar uma reunião com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para denunciar o caso.