Em artigo publicado na Edição 264 da Revista Oeste, o jornalista e comentarista político Rodrigo Constantino explicou os motivos que o fazem enxergar o apoio do Brasil, em face do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do Supremo Tribunal Federal (STF), à China, num contexto de guerra velada com os Estados Unidos. A publicação foi ao ar na última sexta-feira, 11.
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Nas últimas semanas, o presidente dos EUA, Donald Trump, elevou tarifas sobre produtos chineses. A decisão gerou reação da China, que retaliou com novas taxas às importações de mercadorias norte-americanas.
Além da proximidade de Lula com os asiáticos, na semana em que Trump aceitou pausa nas tarifas e conversas com praticamente todos os países à exceção da própria China, o vice-presidente do STF, ministro Edson Fachin, recebeu uma delegação composta de cinco magistrados do Supremo Tribunal Popular da China, entre outros executivos.
O que diz Constantino sobre apoio do Brasil à China


“Em 2024, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, fez uma viagem oficial à China, com o objetivo de “encontrar áreas de interesse comum para o lançamento de iniciativas de cooperação bilateral e aprofundar o conhecimento mútuo dos sistemas judiciais de cada país”. A aproximação entre Brasil e China não se dá apenas pelo STF: o governo federal também faz esforço na mesma direção, e Lula não esconde sua simpatia pelo regime “companheiro”. O deputado Orlando Silva, em suas redes sociais, chegou a vibrar com a retaliação chinesa às tarifas americanas, dizendo que Trump joga “Telecatch”, enquanto os chineses são lutadores de kung fu.
Não faltam lideranças brasileiras encantadas com o “modelo chinês”. Ironicamente, são as mesmas que alegam ter “salvado a democracia” da “ameaça bolsonarista”. Ora, até mesmo um petista deve saber que, se tem algo que a China simboliza, certamente não é o modelo democrático! O poder político no país está nas mãos do Partido Comunista Chinês há décadas, e é mantido por meio de muita censura e perseguição. Existem até campos de reeducação no país, em pleno século 21! O sujeito pode até festejar o crescimento econômico chinês, que parece insustentável, mas não pode afirmar que o país é reconhecido pela defesa da liberdade.
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Em essência, é essa a guerra em curso. E o Brasil vem se tornando uma província chinesa. Ser um patriota nesse contexto já virou algo totalmente subversivo, um movimento de resistência…“
O artigo “Uma província chinesa” está disponível a todos os mais de 100 mil assinantes da Revista Oeste.


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Revista Oeste
A Edição 264 da Revista Oeste vai além do texto de Rodrigo Constantino. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de Silvio Navarro, Augusto Nunes, Alexandre Garcia, Ana Paula Henkel, Cristyan Costa, Rafael Fontana, Guilherme Fiuza, Tiago Pavinatto, Roberto Motta, Yasmin Alencar, Adalberto Piotto, Ubiratan Jorge Iorio, Carlo Cauti, Mateus Conte, Dagomir Marquezi, Peter Suderman, e Daniela Giorno.
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