Após nomeação de parentes em secretarias e demissão em massa, prefeito interino de Itaguaí recebe críticas de servidores públicos

Foto: Divulgação

Haroldinho de Jesus, de 36 anos, prefeito interino de Itaguaí há três semanas, vem recebendo críticas por decisões tomadas à frente da gestão municipal. Haroldinho nomeou o irmão secretário de saúde, a tia secretária de educação e um político que ele mesmo ajudou a cassar o mandato, em 2020, para a pasta de eventos.

Abeilard Goulart foi nomeado subsecretário municipal de eventos, no último dia 17 (com nomeação retroativa a 1° de janeiro). Conhecido como Abelardinho, ele era o vice de Carlo Busatto, o Charlinho, na chapa que sofreu impeachment por crimes de responsabilidade. Charlinho nomeou a esposa como secretária de Educação. Abelardinho nomeou a filha como secretária de Esportes.

Em 2020, Haroldinho, então vereador, comandou todo o processo de cassação, como presidente da Comissão Especial Processante. No final, Abelardinho e Charlinho foram cassados por 16 votos a 1.

“É uma vergonha tudo isso que está acontecendo com a nossa cidade. É tão surreal que parece até enredo de novela“, disse um servidor público que preferiu não ser identificado na matéria.

Logo assim que assumiu a prefeitura interinamente, no início deste mês de janeiro, Haroldinho de Jesus demitiu mais de 2000 funcionários municipais, entre cargos comissionados e de chefia. O assunto foi amplamente noticiado na imprensa, inclusive aqui no DIÁRIO DO RIO.

No dia 09/01, funcionários da Prefeitura de Itaguaí realizaram uma manifestação em frente à sede do administrativo municipal, para cobrar o pagamento dos salários, que estavam atrasados.

Haroldinho cumpre papel de interino até fevereiro, quando o TSE vai julgar o recurso do prefeito eleito Rubem Vieira, que ganhou nas urnas, mas teve a candidatura impugnada por um imbróglio jurídico.

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