Após redução das tarifas, barcas batem recorde de passageiros

As barcas do Rio bateram um novo recorde de passageiros. Nesta terça-feira (15), foram transportadas mais de 52 mil pessoas nas linhas de Charitas, Arariboia, Cocotá e Paquetá. A média diária, em 2024, foi de 46,2 mil, o que representa um aumento de 14%. A linha Charitas também registrou o seu maior fluxo, com 7,1 mil passageiros. No ano passado, a movimentação diária era de 3,5 mil pessoas. Um aumento que ultrapassa 105%.

Segundo o consórcio Barcas Rio, que assumiu a operação do transporte aquaviário em fevereiro, um dos fatores que explica o aumento na procura pelo transporte é a redução nas tarifas. Em março, a Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) anunciou a redução da tarifa da linha Charitas x Praça Quinze, — de R$ 21 para R$ 7,70 —, e dos trechos Arariboia x Praça Quinze, Cocotá x Praça Quinze e Paquetá x Praça Quinze, — de R$ 7,70 para R$ 4,70.

Para quem pagava a tarifa cheia na linha Charitas, a economia chega até R$ 580 por mês, considerando 22 viagens (ida e volta) no período. Nas demais linhas, a redução representou uma economia de R$ 132 por mês, o equivalente a quase 9% do salário mínimo.

Novo modelo de gestão das barcas

A redução na passagem veio em meio a uma maré de mudanças na gestão do transporte aquaviário do Rio, não só na concessionária responsável — sai CCR, entra o consórcio Barcas Rio —, como também em um novo modelo de contrato. Agora, fica estabelecido que o poder público será o responsável pela fiscalização, pagamento e definição de investimentos futuros, consistindo em uma execução indireta, o que assegura total controle sobre a prestação do serviço.

Ou seja, a receita da tarifa paga pelo passageiro passará a ser do governo do estado, que agora tem a liberdade para ajustar a grade horária de viagens e o valor da passagem, além de utilizar para pagamento de parte do valor do contrato. Outra mudança é a consolidação de um convênio entre a Prefeitura de Niterói e o estado. No acordo firmado entre as partes, o município pagará uma parte do custo, cerca de R$ 2 milhões por mês, enquanto a diferença será coberta pelo governo estadual.



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