Bolo, arroz: veja casos de alimentos envenenados que causaram mortes

A Polícia Civil do Maranhão (PCMA) instaurou um inquérito para investigar o caso de uma criança de 7 anos que morreu nesta quinta-feira (17/4) após comer um ovo de Páscoa em Imperatriz, no Maranhão. A principal suspeita do crime é envenenamento.

A reportagem relembrou os casos recentes que impactaram o Brasil.


O que aconteceu

  • De acordo com o depoimento do pai da criança, o ovo chegou à residência da família entregue por um motoboy, como um presente, na noite desta quarta-feira (16/4). O doce veio com um bilhete escrito: “Com amor, para Miriam Lira. Feliz Páscoa”. Ainda não se sabe quem enviou o produto.
  • A Polícia Civil afirmou que a principal suspeita é de envenenamento, visto que várias pessoas da mesma família comeram o doce e passaram mal. Além da criança, a irmã e a mãe também ingeriram o ovo de Páscoa e estão internadas.
  • A Secretaria de Estado da Segurança Pública do Maranhão informou que “o caso está sendo investigado com prioridade pela Polícia Civil”. O genitor da criança realizou os primeiros socorros, mas apesar dos esforços, a criança não resistiu. A mãe e a irmã da vítima seguem internadas.

Arroz envenenado no Piauí

Em 1º de janeiro de 2025, nove pessoas da mesma família foram hospitalizadas com sintomas de envenenamento após comerem arroz contaminado com substâncias tóxicas semelhantes a chumbinho. O Instituto Médico Legal (IML) apontou que a comida estava contaminada com terbufós, um agrotóxico usado de forma ilegal como chumbinho, veneno de rato.

Das nove pessoas envenenadas, seis morreram. São elas:

  • Manoel Leandro da Silva, de 18 anos
  • Francisca Maria da Silva, de 32 anos
  • Igno Davi da Silva, de 1 ano e 8 meses (filho de Francisca)
  • Maria Lauane da Silva, de 3 anos (filha de Francisca)
  • Maria Gabriela da Silva, de 4 anos (filha de Francisca), que faleceu dias após o ocorrido enquanto estava hospitalizada.
  • Maria Jocilene da Silva, de 32 anos (vizinha da família), também faleceu após ter consumido o arroz envenenado e ser hospitalizada novamente dias depois de receber alta.

Francisco de Assis Pereira da Costa, se relacionava com Maria dos Aflitos, de 52 anos, que é mãe e avó de sete vítimas. Ambos são os principais suspeitos.

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Enteada de padrasto preso morreu após comer baião de dois envenenado

Reprodução

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Criança morre envenenada após comer baião de dois

Reprodução/ Arquivo Pessoal

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Francisco de Assis Pereira da Costa, se relacionava com Maria dos Aflitos

Reprodução

Francisco foi o primeiro preso, em 8 de janeiro, após contradições em seu depoimento. Ele era conhecido por ter conflitos com os enteados, especialmente com Francisca Maria, a quem humilhava e cujos filhos chamava de “primatas”. Indícios apontavam que ele teria colocado veneno no arroz e orientado que fosse requentado no dia do crime. Além disso, ele já era suspeito de envenenar duas crianças da família em 2024.

Maria dos Aflitos foi presa semanas depois, após confessar que envenenou uma vizinha para tentar desviar as suspeitas. A polícia acredita que o casal agiu em conjunto, motivado por ódio e possíveis interesses financeiros. Ambos permanecem presos, aguardando a conclusão do inquérito, que investiga os crimes como feminicídio e homicídio qualificado.

Caso bolo envenenado no Rio Grande do Sul

O  trágico caso do bolo envenenado, ocorrido em 23 de dezembro de 2024 em Torres (RS), resultou na morte de três integrantes de uma mesma família após consumirem um bolo levado por Zeli dos Anjos, sogra de Deise Moura dos Anjos, que cometeu o crime.

São elas:

  • Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, irmã de Zeli.
  • Maida Berenice Flores da Silva, de 59 anos, também irmã de Zeli
  • Tatiana Denize, de 43, filha de Neuza

Investigações apontaram que Deise envenenou o bolo com arsênio, visando sua sogra devido a conflitos. Além disso, descobriu-se que Paulo dos Anjos, sogro de Deise, também havia sido envenenado anteriormente.

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Deise dos Anjos, suspeita de envenenar bolo que ocasionou a morte de três pessoas

Reprodução

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Suspeita de colocar veneno em bolo no RS visitou sogra no hospital

Reprodução

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Quem era a suspeita de colocar arsênio em bolo e matar 3 no RS

Reprodução / Redes Sociais

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Exumação de corpo de sogro mostra que ele também ingeriu arsênio

Reprodução / Redes Sociais

5 de 9Reprodução/Getty Images
6 de 9Reprodução/Facebook
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Foi confirmado que o corpo do sogro da acusada tinha arsênio

Reprodução / Redes Sociais

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Maida Berenice Flores da Silva (à esquerda), Tatiana Denize Silva dos Santos (ao centro) e Neusa Denise da Silva dos Anjos (à direita) morreram após comerem um bolo no RS

Reprodução/TV Globo/Record TV

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Família foi hospitalizada após comerem bolo

Arte Metrópoles

Outras pessoas da família também foram hospitalizadas após consumirem o bolo, mas sobreviveram. Deise foi presa temporariamente, e um bilhete dela levantou questões sobre seu estado mental e possíveis cúmplices.

Em 13 de fevereiro de 2025, Deise foi encontrada morta na penitenciária feminina em Guaíba, com suspeitas de suicídio. Com sua morte, a persecução penal contra ela foi extinta, mas as investigações sobre os envenenamentos e suas motivações continuam, visando esclarecer o caso que chocou a comunidade e ganhou atenção nacional.

Caso do brigadeirão do Rio de Janeiro

Muitos se lembram do  caso do brigadeirão envenenado.   O empresário Luiz Marcelo Ormond foi assassinado, em maio de 2024, no Rio de Janeiro. A namorada dele, a psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, foi acusada de tê-lo envenenado.

O corpo de Luiz foi encontrado no dia 20 de maio, no apartamento onde morava, na zona norte do Rio. Vizinhos acionaram a polícia após sentirem um cheiro forte vindo do apartamento. O laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou que a morte ocorreu entre 3 e 6 dias antes de o corpo ser encontrado. A causa da morte foi inconclusiva, mas a polícia suspeita de envenenamento.

A principal suspeita é sua namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, que teria envenenado Luiz com um brigadeirão contendo morfina e ansiolíticos. A motivação do crime seria financeira, já que Luiz havia desistido de formar uma união estável com Júlia,  frustrando seus planos de acessar seu patrimônio

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Júlia Andrade Cathermol Pimenta é suspeita de matar o namorado, Luiz Marcelo Ormond, envenenado

Reprodução

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Empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond tinha 45 anos

Instagram/Reprodução

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Júlia Andrade Cathermol Pimenta era procurada pela polícia pelo assassinato do namorado no Rio de Janeiro

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Luiz Marcelo pode ter sido envenenado com brigadeirão

Instagram/Reprodução

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Júlia Andrade Cathermol Pimenta é namorada de Luiz Marcelo e principal suspeita do crime

Reprodução

6 de 6Instagram/Reprodução

Júlia contou com a ajuda de Suyany Breschak, chamada de “cigana Esmeralda”, considerada mentora do crime, que a orientou a envenenar Luiz e tentou vender seus bens para pagar uma dívida de R$ 600 mil. Ambas foram presas por homicídio qualificado.

Durante o processo, a defesa de Júlia provocou polêmica ao oferecer brigadeiros em uma coletiva, prometendo “revelações inéditas”, e pediu a exumação do corpo da vítima, que foi negada pela Justiça. O comportamento frio de Júlia em depoimentos chamou a atenção dos investigadores.

O caso segue em julgamento na 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, e a audiência de instrução realizada em abril de 2025 incluiu ouvidos de testemunhas indicadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), com grande expectativa em torno de seu desfecho.



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A Polícia Civil do Maranhão (PCMA) instaurou um inquérito para investigar o caso de uma criança de 7 anos que morreu nesta quinta-feira (17/4) após comer um ovo de Páscoa em Imperatriz, no Maranhão. A principal suspeita do crime é envenenamento.

A reportagem relembrou os casos recentes que impactaram o Brasil.


O que aconteceu

  • De acordo com o depoimento do pai da criança, o ovo chegou à residência da família entregue por um motoboy, como um presente, na noite desta quarta-feira (16/4). O doce veio com um bilhete escrito: “Com amor, para Miriam Lira. Feliz Páscoa”. Ainda não se sabe quem enviou o produto.
  • A Polícia Civil afirmou que a principal suspeita é de envenenamento, visto que várias pessoas da mesma família comeram o doce e passaram mal. Além da criança, a irmã e a mãe também ingeriram o ovo de Páscoa e estão internadas.
  • A Secretaria de Estado da Segurança Pública do Maranhão informou que “o caso está sendo investigado com prioridade pela Polícia Civil”. O genitor da criança realizou os primeiros socorros, mas apesar dos esforços, a criança não resistiu. A mãe e a irmã da vítima seguem internadas.

Arroz envenenado no Piauí

Em 1º de janeiro de 2025, nove pessoas da mesma família foram hospitalizadas com sintomas de envenenamento após comerem arroz contaminado com substâncias tóxicas semelhantes a chumbinho. O Instituto Médico Legal (IML) apontou que a comida estava contaminada com terbufós, um agrotóxico usado de forma ilegal como chumbinho, veneno de rato.

Das nove pessoas envenenadas, seis morreram. São elas:

  • Manoel Leandro da Silva, de 18 anos
  • Francisca Maria da Silva, de 32 anos
  • Igno Davi da Silva, de 1 ano e 8 meses (filho de Francisca)
  • Maria Lauane da Silva, de 3 anos (filha de Francisca)
  • Maria Gabriela da Silva, de 4 anos (filha de Francisca), que faleceu dias após o ocorrido enquanto estava hospitalizada.
  • Maria Jocilene da Silva, de 32 anos (vizinha da família), também faleceu após ter consumido o arroz envenenado e ser hospitalizada novamente dias depois de receber alta.

Francisco de Assis Pereira da Costa, se relacionava com Maria dos Aflitos, de 52 anos, que é mãe e avó de sete vítimas. Ambos são os principais suspeitos.

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Enteada de padrasto preso morreu após comer baião de dois envenenado

Reprodução

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Criança morre envenenada após comer baião de dois

Reprodução/ Arquivo Pessoal

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Francisco de Assis Pereira da Costa, se relacionava com Maria dos Aflitos

Reprodução

Francisco foi o primeiro preso, em 8 de janeiro, após contradições em seu depoimento. Ele era conhecido por ter conflitos com os enteados, especialmente com Francisca Maria, a quem humilhava e cujos filhos chamava de “primatas”. Indícios apontavam que ele teria colocado veneno no arroz e orientado que fosse requentado no dia do crime. Além disso, ele já era suspeito de envenenar duas crianças da família em 2024.

Maria dos Aflitos foi presa semanas depois, após confessar que envenenou uma vizinha para tentar desviar as suspeitas. A polícia acredita que o casal agiu em conjunto, motivado por ódio e possíveis interesses financeiros. Ambos permanecem presos, aguardando a conclusão do inquérito, que investiga os crimes como feminicídio e homicídio qualificado.

Caso bolo envenenado no Rio Grande do Sul

O  trágico caso do bolo envenenado, ocorrido em 23 de dezembro de 2024 em Torres (RS), resultou na morte de três integrantes de uma mesma família após consumirem um bolo levado por Zeli dos Anjos, sogra de Deise Moura dos Anjos, que cometeu o crime.

São elas:

  • Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, irmã de Zeli.
  • Maida Berenice Flores da Silva, de 59 anos, também irmã de Zeli
  • Tatiana Denize, de 43, filha de Neuza

Investigações apontaram que Deise envenenou o bolo com arsênio, visando sua sogra devido a conflitos. Além disso, descobriu-se que Paulo dos Anjos, sogro de Deise, também havia sido envenenado anteriormente.

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Deise dos Anjos, suspeita de envenenar bolo que ocasionou a morte de três pessoas

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Suspeita de colocar veneno em bolo no RS visitou sogra no hospital

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Quem era a suspeita de colocar arsênio em bolo e matar 3 no RS

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Exumação de corpo de sogro mostra que ele também ingeriu arsênio

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5 de 9Reprodução/Getty Images
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Foi confirmado que o corpo do sogro da acusada tinha arsênio

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Maida Berenice Flores da Silva (à esquerda), Tatiana Denize Silva dos Santos (ao centro) e Neusa Denise da Silva dos Anjos (à direita) morreram após comerem um bolo no RS

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Família foi hospitalizada após comerem bolo

Arte Metrópoles

Outras pessoas da família também foram hospitalizadas após consumirem o bolo, mas sobreviveram. Deise foi presa temporariamente, e um bilhete dela levantou questões sobre seu estado mental e possíveis cúmplices.

Em 13 de fevereiro de 2025, Deise foi encontrada morta na penitenciária feminina em Guaíba, com suspeitas de suicídio. Com sua morte, a persecução penal contra ela foi extinta, mas as investigações sobre os envenenamentos e suas motivações continuam, visando esclarecer o caso que chocou a comunidade e ganhou atenção nacional.

Caso do brigadeirão do Rio de Janeiro

Muitos se lembram do  caso do brigadeirão envenenado.   O empresário Luiz Marcelo Ormond foi assassinado, em maio de 2024, no Rio de Janeiro. A namorada dele, a psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, foi acusada de tê-lo envenenado.

O corpo de Luiz foi encontrado no dia 20 de maio, no apartamento onde morava, na zona norte do Rio. Vizinhos acionaram a polícia após sentirem um cheiro forte vindo do apartamento. O laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou que a morte ocorreu entre 3 e 6 dias antes de o corpo ser encontrado. A causa da morte foi inconclusiva, mas a polícia suspeita de envenenamento.

A principal suspeita é sua namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, que teria envenenado Luiz com um brigadeirão contendo morfina e ansiolíticos. A motivação do crime seria financeira, já que Luiz havia desistido de formar uma união estável com Júlia,  frustrando seus planos de acessar seu patrimônio

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Júlia Andrade Cathermol Pimenta é suspeita de matar o namorado, Luiz Marcelo Ormond, envenenado

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Empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond tinha 45 anos

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Júlia Andrade Cathermol Pimenta era procurada pela polícia pelo assassinato do namorado no Rio de Janeiro

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Luiz Marcelo pode ter sido envenenado com brigadeirão

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Júlia Andrade Cathermol Pimenta é namorada de Luiz Marcelo e principal suspeita do crime

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Júlia contou com a ajuda de Suyany Breschak, chamada de “cigana Esmeralda”, considerada mentora do crime, que a orientou a envenenar Luiz e tentou vender seus bens para pagar uma dívida de R$ 600 mil. Ambas foram presas por homicídio qualificado.

Durante o processo, a defesa de Júlia provocou polêmica ao oferecer brigadeiros em uma coletiva, prometendo “revelações inéditas”, e pediu a exumação do corpo da vítima, que foi negada pela Justiça. O comportamento frio de Júlia em depoimentos chamou a atenção dos investigadores.

O caso segue em julgamento na 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, e a audiência de instrução realizada em abril de 2025 incluiu ouvidos de testemunhas indicadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), com grande expectativa em torno de seu desfecho.

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