Bolsonaro afirma que seguirá como candidato até “morte política” e confia na reversão de inelegibilidade

Em entrevista à coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que, apesar de estar inelegível até 2030, continuará se posicionando como candidato à Presidência “até que sua morte política seja anunciada para valer”.

Segundo Bolsonaro, ele está convicto de que “não errou” em relação aos episódios que levaram à sua inelegibilidade, como a reunião com embaixadores e sua participação no evento do 7 de Setembro em 2022.

“Eu sou candidato até que minha morte política seja anunciada para valer”, disse Bolsonaro. “Eles não têm argumento para me tirar da política, a não ser o poder, a força de arbitrariedades contra mim. Repito: qual a acusação contra mim? Que eu fiz de errado para não disputar uma eleição? E, se eu sou tão mal assim, deixa eu disputar para perder. É muito simples. Ou estão com medo da minha candidatura?”, questionou ele.

Bolsonaro revelou na entrevista que mantém esperança de reverter sua inelegibilidade tanto por meio do Judiciário quanto através do Congresso, onde aliados têm articulado projetos nesse sentido. Ele vê “ventos democráticos” favorecendo a direita em todo o mundo, mencionando mudanças políticas em países como Argentina e Estados Unidos, e aposta que o ex-presidente americano Donald Trump apoiará suas intenções de candidatura em 2026. Bolsonaro acredita que Trump “investirá” no Brasil, considerando a influência do país na América do Sul e sua afinidade com os valores defendidos por ambos.

Admitindo não ter “total liberdade” para conversar diretamente com Trump, Bolsonaro disse que seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem liderado o diálogo com o republicano. “Ele tem um interesse enorme no Brasil, pelo seu tamanho, suas riquezas, pelo que representa o nosso povo. E como um país que possa desequilibrar positivamente para a democracia em toda a América do Sul”, afirmou Bolsonaro, acreditando que Trump defenderá a liberdade de expressão no Brasil.

Bolsonaro também comentou sobre o adiamento, pela Câmara, da votação do projeto de anistia aos envolvidos nos atos do 8 de Janeiro de 2023. O ex-presidente afirmou que conversou com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e apoiou a decisão de transferir o projeto da Comissão de Constituição e Justiça para uma comissão especial. Ele reconheceu que o projeto não deverá ser aprovado em 2024, devido à falta de tempo, e reforçou a importância das alianças do PL com partidos do Centrão, que podem facilitar o andamento do projeto.

Por fim, Bolsonaro ressaltou que, em troca do apoio a Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência do Senado, o PL negocia a 1ª vice-presidência da Casa. Com isso, ele espera que o PL da Anistia possa ser pautado em caso de ausência do presidente do Senado. “Se Davi se ausentar, nosso vice poderá colocar a anistia em pauta”, concluiu o ex-presidente. Veja abaixo trechos da entrevista e clique AQUI para ler na íntegra e clique AQUI para assistir no Youtube.

O senhor tem mantido o discurso de que será candidato a presidente em 2026, embora, em tese, esteja inelegível? O que o leva a crer que vai conseguir ser candidato em 2026?
Primeiramente, por que estou inelegível? Qual foi o crime? Foi dinheiro na cueca? Dinheiro lá fora? Apartamento? Desfalque em empresa? Nada. Reuniu-se com embaixadores, que é uma política privativa do presidente da República. Não ganhei nenhum voto por ocasião dessa reunião. O que eu tratei nessa reunião? Urnas, em especial o Inquérito 1361, de novembro 2018, que está classificado como confidencial até hoje. Ou seja, uma denúncia de fraude na minha eleição, por que está em aberto até hoje, depois que certas pessoas importantes foram ouvidas? Por que a imprensa não quer tomar conhecimento desse inquérito?

A outra causa: abuso de poder econômico. Acabou o 7 de Setembro, entreguei minha faixa para um assessor e fui na Esplanada dos Ministérios. Acredito que tinha por volta de 1 milhão de pessoas. E ocupei o carro de som do Silas Malafaia. Não teve nada. Nenhum recurso público envolvido nisso.

Obviamente, eu entendo como uma perseguição. Até porque essas duas inelegibilidades só foram botadas em votação depois que duas listas tríplices, que o Executivo escolhe, na verdade, o senhor presidente do TSE escolheu, e daí ele foi para o 5 a 2 contra mim. E seria, no mínimo, 4 a 3 a meu favor, se não tivesse trocado esses dois na reta final. Então, primeiro inelegível sem qualquer motivo. Até parece que vivemos aqui na Suíça, tá. Não quer dizer que você não deva não punir quem porventura errou. Eu não errei. Então essa é a minha certeza.

Presidente muito se especula nos bastidores da política que, caso o senhor não consiga reverter a inelegibilidade, o Flávio Bolsonaro seria seu candidato à Presidência. O Flávio seria o seu candidato?
A resposta é a mesma: essa partícula ‘se, caso, talvez’ não existe. Eu sou um candidato até que a minha morte política seja anunciada para valer. Eles não têm argumento para me tirar da política. A não ser o poder, a força de arbitrariedades contra a minha pessoa. Repito: qual a acusação contra mim? Que eu fiz de errado para não disputar uma eleição? E se eu sou tão mal assim, deixa eu disputar para perder. É muito simples. Ou estão com medo da minha candidatura? (Foto: reprodução vídeo; Fonte: Metrópoles)

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Em entrevista à coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que, apesar de estar inelegível até 2030, continuará se posicionando como candidato à Presidência “até que sua morte política seja anunciada para valer”.

Segundo Bolsonaro, ele está convicto de que “não errou” em relação aos episódios que levaram à sua inelegibilidade, como a reunião com embaixadores e sua participação no evento do 7 de Setembro em 2022.

“Eu sou candidato até que minha morte política seja anunciada para valer”, disse Bolsonaro. “Eles não têm argumento para me tirar da política, a não ser o poder, a força de arbitrariedades contra mim. Repito: qual a acusação contra mim? Que eu fiz de errado para não disputar uma eleição? E, se eu sou tão mal assim, deixa eu disputar para perder. É muito simples. Ou estão com medo da minha candidatura?”, questionou ele.

Bolsonaro revelou na entrevista que mantém esperança de reverter sua inelegibilidade tanto por meio do Judiciário quanto através do Congresso, onde aliados têm articulado projetos nesse sentido. Ele vê “ventos democráticos” favorecendo a direita em todo o mundo, mencionando mudanças políticas em países como Argentina e Estados Unidos, e aposta que o ex-presidente americano Donald Trump apoiará suas intenções de candidatura em 2026. Bolsonaro acredita que Trump “investirá” no Brasil, considerando a influência do país na América do Sul e sua afinidade com os valores defendidos por ambos.

Admitindo não ter “total liberdade” para conversar diretamente com Trump, Bolsonaro disse que seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem liderado o diálogo com o republicano. “Ele tem um interesse enorme no Brasil, pelo seu tamanho, suas riquezas, pelo que representa o nosso povo. E como um país que possa desequilibrar positivamente para a democracia em toda a América do Sul”, afirmou Bolsonaro, acreditando que Trump defenderá a liberdade de expressão no Brasil.

Bolsonaro também comentou sobre o adiamento, pela Câmara, da votação do projeto de anistia aos envolvidos nos atos do 8 de Janeiro de 2023. O ex-presidente afirmou que conversou com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e apoiou a decisão de transferir o projeto da Comissão de Constituição e Justiça para uma comissão especial. Ele reconheceu que o projeto não deverá ser aprovado em 2024, devido à falta de tempo, e reforçou a importância das alianças do PL com partidos do Centrão, que podem facilitar o andamento do projeto.

Por fim, Bolsonaro ressaltou que, em troca do apoio a Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência do Senado, o PL negocia a 1ª vice-presidência da Casa. Com isso, ele espera que o PL da Anistia possa ser pautado em caso de ausência do presidente do Senado. “Se Davi se ausentar, nosso vice poderá colocar a anistia em pauta”, concluiu o ex-presidente. Veja abaixo trechos da entrevista e clique AQUI para ler na íntegra e clique AQUI para assistir no Youtube.

O senhor tem mantido o discurso de que será candidato a presidente em 2026, embora, em tese, esteja inelegível? O que o leva a crer que vai conseguir ser candidato em 2026?
Primeiramente, por que estou inelegível? Qual foi o crime? Foi dinheiro na cueca? Dinheiro lá fora? Apartamento? Desfalque em empresa? Nada. Reuniu-se com embaixadores, que é uma política privativa do presidente da República. Não ganhei nenhum voto por ocasião dessa reunião. O que eu tratei nessa reunião? Urnas, em especial o Inquérito 1361, de novembro 2018, que está classificado como confidencial até hoje. Ou seja, uma denúncia de fraude na minha eleição, por que está em aberto até hoje, depois que certas pessoas importantes foram ouvidas? Por que a imprensa não quer tomar conhecimento desse inquérito?

A outra causa: abuso de poder econômico. Acabou o 7 de Setembro, entreguei minha faixa para um assessor e fui na Esplanada dos Ministérios. Acredito que tinha por volta de 1 milhão de pessoas. E ocupei o carro de som do Silas Malafaia. Não teve nada. Nenhum recurso público envolvido nisso.

Obviamente, eu entendo como uma perseguição. Até porque essas duas inelegibilidades só foram botadas em votação depois que duas listas tríplices, que o Executivo escolhe, na verdade, o senhor presidente do TSE escolheu, e daí ele foi para o 5 a 2 contra mim. E seria, no mínimo, 4 a 3 a meu favor, se não tivesse trocado esses dois na reta final. Então, primeiro inelegível sem qualquer motivo. Até parece que vivemos aqui na Suíça, tá. Não quer dizer que você não deva não punir quem porventura errou. Eu não errei. Então essa é a minha certeza.

Presidente muito se especula nos bastidores da política que, caso o senhor não consiga reverter a inelegibilidade, o Flávio Bolsonaro seria seu candidato à Presidência. O Flávio seria o seu candidato?
A resposta é a mesma: essa partícula ‘se, caso, talvez’ não existe. Eu sou um candidato até que a minha morte política seja anunciada para valer. Eles não têm argumento para me tirar da política. A não ser o poder, a força de arbitrariedades contra a minha pessoa. Repito: qual a acusação contra mim? Que eu fiz de errado para não disputar uma eleição? E se eu sou tão mal assim, deixa eu disputar para perder. É muito simples. Ou estão com medo da minha candidatura? (Foto: reprodução vídeo; Fonte: Metrópoles)

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