O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, desrespeitou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e “afrontou a democracia”.
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Bolsonaro se referiu a uma recente declaração de Rodrigues. Em entrevista, o diretor-geral da PF disse que o descontentamento do Congresso sobre o indiciamento de parlamentares não pode ter efeito na atuação da corporação.
“Não há nada que afaste a PF de seu eixo de atuação”, afirmou Rodrigues. “Nossa garantia não é a opinião de quem quer seja, é a lei.”
Bolsonaro classificou Rodrigues como um “subordinado do Executivo”
Ao classificá-lo como um “subordinado do Executivo”, Bolsonaro afirmou que Rodrigues “se intromete em questões internas do Legislativo”. Além disso, para o ex-presidente da Republica, o chefe da PF afronta “a palavra livre dos representantes do povo”.
“Era só o que faltava”, escreveu Bolsonaro, em sua conta oficial do Twitter/X. “O diretor-geral da PF agora acha que pode ‘rebater’ e ensinar ao presidente da Câmara dos Deputados o que é imunidade parlamentar, o que é liberdade de expressão e o que os deputados podem ou não falar na tribuna.”
“Todos os parlamentares devem reafirmar a independência do Legislativo”
Ainda de acordo com Bolsonaro, “todos os parlamentares precisam reafirmar a independência do Legislativo e exigir o respeito inegociável às prerrogativas constitucionais”. “Se essa postura não for corrigida com a força e a legitimidade do Parlamento, em breve a situação poderá se tornar incontornável.”
Na última quinta-feira, 27, Lira criticou publicamente os indiciamento dos deputados federais Marcel van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB).
A PF indiciou os parlamentares pelos crimes de calúnia e difamação. Isso se deu em razão de críticas feitas em discursos no plenário sobre a atuação do delegado da PF Fábio Shor.