Briga política entre Eduardo Paes e Rodrigo Bacellar aquece disputa para 2026


O clima político no Rio de Janeiro segue agitado, e o carioca, mais uma vez, não tem um dia de paz. A mais recente polêmica envolve o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar. Ambos são cotados como possíveis candidatos ao governo do estado nas eleições de 2026 e as tensões entre eles são um prenúncio das disputas que estão por vir.

A troca de farpas teve início nas redes sociais e rapidamente escalou. Eduardo Paes, que já vinha sugerindo uma possível candidatura ao governo, afirmou que o governador Cláudio Castro estaria “refém da Alerj”, referindo-se à influência de Rodrigo Bacellar sobre o governo estadual. Bacellar, por sua vez, não deixou a provocação sem resposta. Segundo ele, Eduardo Paes estaria armando uma “arapuca” da qual acabou sendo vítima.

A disputa entre Paes e Bacellar não é apenas retórica. Nos bastidores, as movimentações já se voltam para a presidência da Alerj, cuja eleição ocorrerá em fevereiro de 2025. O desfecho desta eleição poderá dar um indicativo claro de como se alinharão as forças políticas até outubro de 2026. A aliança de Paes com nomes como Washington Reis e Doutor Luizinho, ambos importantes figuras no cenário político estadual, parece ameaçar diretamente a liderança de Bacellar.

Paes, que tenta aproximar-se de partidos como o MDB, está em busca de apoio para garantir sua candidatura ao governo. Bacellar, por outro lado, enfrenta a crescente pressão de manter seu poder na Alerj, enquanto especula-se que Cláudio Castro possa preferir outros nomes para a presidência da casa, como Gustavo Tutuca, secretário de Turismo, ou André Corrêa, deputado do Progressistas.

A relação entre Bacellar e Castro parece estar abalada, com informações de que ambos não conversam há mais de 30 dias. Além disso, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Transparência, permitida por Bacellar, tem causado desconforto ao governador, alimentando a especulação de que Castro pode romper definitivamente com o presidente da Alerj.

A disputa pela presidência da Alerj em 2025, assim como as alianças que se formam desde já, são vistas como o prelúdio do que virá nas eleições de 2026. Caso Bacellar perca a presidência, ele corre o risco de perder grande parte de sua influência política, tornando-se “apenas mais um entre os 70 deputados estaduais”. “Ele é importante, mas sem o cargo de presidente, perde boa parte de seu poder”.

Enquanto isso, a política do Rio de Janeiro, que muitos descrevem como “bizantina”, segue mudando a cada segundo. Quem se posicionará melhor para a batalha final de 2026? Só o tempo dirá.

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