O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), cobrou do governo federal uma atuação mais rigorosa no controle das fronteiras para impedir a entrada de armas ilegais no Brasil. Em um vídeo gravado dentro de um depósito com fuzis apreendidos, Castro destacou que, apenas em 2024, já foram recolhidas 732 dessas armas no estado, nenhuma delas fabricada no Rio.
Segundo o governador, os fuzis apreendidos têm origem em países como Rússia, Estados Unidos, Bélgica e Argentina. Essas armas chegam a países vizinhos, como Colômbia, Bolívia e Paraguai, onde perdem o rastreamento antes de entrar ilegalmente no Brasil e serem utilizadas pelo crime organizado.
“Nenhuma dessas armas aqui foi produzida. Você sabe por quê? O Rio de Janeiro não produz armas. Mais de 732 fuzis foram apreendidos. São dois por dia, no Rio de Janeiro. Esse arsenal de guerra coloca, todos os dias, a vida do cidadão e dos nossos policiais em risco”, afirmou Cláudio Castro.
Fronteiras seguras para enfrentar o crime organizado
No vídeo, o governador reforça que o combate ao tráfico de armas não pode ser responsabilidade apenas das polícias Militar e Civil, cobrando ação efetiva do governo federal no controle das fronteiras. Ele também defendeu a imposição de sanções a países que permitem a circulação descontrolada de armamentos, facilitando o tráfico internacional.
“Só com fronteiras seguras é possível enfrentar o crime organizado e dar fim ao caminho das armas. Porque o que é comércio para eles, é a morte, é guerra para todos nós. Quando um criminoso aponta uma arma para o policial, está apontando para a sociedade”, diz a narração do vídeo publicado por Castro.
Aumento no número de apreensões
O número de fuzis apreendidos no Rio tem crescido nos últimos anos. A primeira apreensão desse tipo de armamento no estado ocorreu em 1989, e, em 2023, foram confiscados 732 fuzis, um aumento de 20% em relação a 2022.
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