com vídeo de ‘refugiados’, Bolsonaro pede anistia a apenados

Na noite desta quarta-feira, 9, o ex-presidente Jair Bolsonaro compartilhou um vídeo, no Twitter/X, que mostra a condição de condenados pelo 8 de janeiro “refugiados” na Argentina.

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Junto às imagens, o líder do Partido Liberal (PL) exaltou o projeto de lei que tenta anistiar os apenados. Atualmente a proposta está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. 

“Nossos irmãos refugiados na Argentina. Obrigado, Milei”, escreveu Jair Bolsonaro. “Em 9 de outubro, na CCJ da Câmara, o PL da anistia deu mais um passo.” 

O relator do projeto, deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE), explicou em vídeo que a oposição entendeu como uma vitória a leitura da relatioria na útlima reunião do colegiado. Depois do cumprimento desta etapa, os próprios aliados de Bolsonaro pediram vistas do projeto, já que, segundo eles, era certo que a base governista o faria de qualquer forma. 

“Mais uma etapa vencida! Nossa expectativa era que a gente conseguisse fazer a leitura do relatório, para então pedir vistas, assim, na próxima semana, deve estar pronto para votação”, disse o relator. “Nesta [reunião], o governo tentou obstruir, mas agora a gente acelerou a leitura, e concluímos. A expectativa é de sair a votação na próxima terça-feira, 15. O Brasil precisa de anistia e de justiça.” 

A proposta do PL da anistia, defendido por aliados de Bolsonaro no Congresso

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PL da anistia deve voltar a ser analisado pelo plenário da CCJ da Câmara na próxima semana | Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O texto, inicialmente, não limitava a anistia apenas aos presos pelos atos do 8 de janeiro, mas abrangia “todos os que participaram de manifestações em rodovias, nas proximidades de unidades militares ou em qualquer lugar do país”, a partir de 30 de outubro de 2022. Nesta data, Luiz Inácio Lula da Silva venceu o segundo turno das eleições contra Bolsonaro.

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No entanto, o relator excluiu essa parte do projeto. Agora, a anistia se aplica apenas a eventos ocorridos entre 8 de janeiro de 2023 e a data em que a lei entrar em vigor.

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Valadares acrescentou uma ressalva que estende o benefício “a todos que participaram de eventos anteriores ou posteriores” aos atos, sem definir um período específico.

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Além disso, o texto prevê a anulação de “medidas de restrição de direitos”. Entre elas, a imposição de uso de tornozeleiras eletrônicas, a proibição de comunicação entre acusados e a suspensão de contas em redes sociais.





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