Deltan prevê “consequência sinistra” para a direita após ataque ao STF

Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal, se pronunciou sobre as explosões na Praça dos Três Poderes, sendo uma delas em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), nessa quarta-feira (13/11). Em vídeo publicado no YouTube, Dallagnol afirma que o ataque terá “consequências sinistras” para a direita, principalmente para os presos e réus do 8 de Janeiro.

Isso porque, no último dia 29 de outubro, o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) criou uma comissão especial para a proposta de anistiar presos por participação ou financiamento dos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro. O texto virou uma pauta crucial da direita brasileira ligada ao bolsonarismo.

No entanto, Dallagnol teme que o atentado dessa quarta-feira possa dificultar a aprovação do “PL da Anistia”, já que o autor do ataque, Francisco Wanderley Luiz, que se explodiu em frente ao STF, foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL). Segundo Deltan, isso fez com que muitos associassem o homem-bomba ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que também é do mesmo partido.

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Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que explodiu bomba em frente ao STF

Boné com slogan de Bolsonaro estava no trailer de autor de explosões
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Francisco Wanderley Luiz, homem que detonou bomba em frente ao STF e dono de carro que explodiu próximo ao Congresso

Reprodução

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Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que explodiu bomba em frente ao STF

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Boné com slogan de Bolsonaro estava no trailer de autor de explosões

Sam Pancher/Divulgação

Em respostas aos ataques, o ministro do STF Alexandre de Moraes afirmou que “não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos” e que “o criminoso anistiado é um criminoso impune”. Por isso, Dallagnol acredita que o ocorrido servirá como uma justificativa para endurecer ainda mais as penas contra os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro e inviabilizar a anistia.

“A explosão do STF vai ter consequências sinistras, e nenhuma vai ser boa pra direita. Independentemente do que ele queria com esse ato, a gente precisa reafirmar que nós, da direita, repudiamos todo e qualquer tipo de ato de violência. Violência nunca vai ser a resposta”, disse Dallagnol.

“Já estão falando que isso [o ataque com bombas] dá consistência ao discurso de que a democracia segue ameaçada”, criticou Dallagnol.

STF está “controlando” o Congresso, diz Deltan

Segundo Dallagnol, após as explosões, ministros do STF teriam manifestado aos líderes do Congresso a sua posição de “tolerância zero” para com qualquer tentativa de discutir anistia aos réus de 8 de Janeiro.

“Não vamos permitir que ousem debater anistia depois disso”, teria sido a mensagem enviada por ministros do STF a parlamentares. Para Dallagnol, essa postura é uma afronta ao papel independente do Congresso e um exemplo do que chamou de “controle excessivo” por parte do Supremo.

“Desde quando o Congresso depende de permissão do STF para discutir alguma coisa?”, questiona.



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Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal, se pronunciou sobre as explosões na Praça dos Três Poderes, sendo uma delas em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), nessa quarta-feira (13/11). Em vídeo publicado no YouTube, Dallagnol afirma que o ataque terá “consequências sinistras” para a direita, principalmente para os presos e réus do 8 de Janeiro.

Isso porque, no último dia 29 de outubro, o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) criou uma comissão especial para a proposta de anistiar presos por participação ou financiamento dos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro. O texto virou uma pauta crucial da direita brasileira ligada ao bolsonarismo.

No entanto, Dallagnol teme que o atentado dessa quarta-feira possa dificultar a aprovação do “PL da Anistia”, já que o autor do ataque, Francisco Wanderley Luiz, que se explodiu em frente ao STF, foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL). Segundo Deltan, isso fez com que muitos associassem o homem-bomba ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que também é do mesmo partido.

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Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que explodiu bomba em frente ao STF

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Em respostas aos ataques, o ministro do STF Alexandre de Moraes afirmou que “não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos” e que “o criminoso anistiado é um criminoso impune”. Por isso, Dallagnol acredita que o ocorrido servirá como uma justificativa para endurecer ainda mais as penas contra os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro e inviabilizar a anistia.

“A explosão do STF vai ter consequências sinistras, e nenhuma vai ser boa pra direita. Independentemente do que ele queria com esse ato, a gente precisa reafirmar que nós, da direita, repudiamos todo e qualquer tipo de ato de violência. Violência nunca vai ser a resposta”, disse Dallagnol.

“Já estão falando que isso [o ataque com bombas] dá consistência ao discurso de que a democracia segue ameaçada”, criticou Dallagnol.

STF está “controlando” o Congresso, diz Deltan

Segundo Dallagnol, após as explosões, ministros do STF teriam manifestado aos líderes do Congresso a sua posição de “tolerância zero” para com qualquer tentativa de discutir anistia aos réus de 8 de Janeiro.

“Não vamos permitir que ousem debater anistia depois disso”, teria sido a mensagem enviada por ministros do STF a parlamentares. Para Dallagnol, essa postura é uma afronta ao papel independente do Congresso e um exemplo do que chamou de “controle excessivo” por parte do Supremo.

“Desde quando o Congresso depende de permissão do STF para discutir alguma coisa?”, questiona.

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