Deputados da oposição teceram duras críticas ao pacote de cortes anunciado pelo governo Lula nesta quinta-feira, 28. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a gestão petista deve economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos — R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026.
Zucco (PL-RS) citou o pronunciamento de Haddad em rede nacional na noite de quarta-feira 27, que já falou sobre os cortes. O parlamentar destacou que o ministro “prometeu muito e entregou bem pouco”. Além disso, sinalizou que o governo enrolou semanas para apresentar “um pacote de corte de gastos que não convenceu ninguém”.
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“O resultado está aí, dólar bateu R$ 6 pela primeira vez na história com a total desconfiança do mercado financeiro e dos investidores”, afirmou Zucco. “Caminhamos a passos largos para uma grave crise econômica e fiscal.”
Silvia Waiãpi (PL-AP) analisou que o anúncio da gestão petista evidencia a “falta de planejamento do governo”, o qual “gasta bilhões em shows, novelas e privilégios”.
“Agora, querem limitar o salário mínimo e reduzir o abono salarial do trabalhador mais humilde. Haddad tenta vender uma responsabilidade fiscal que o governo Lula nunca teve. É o brasileiro que paga a conta de uma gestão perdulária e irresponsável”, destacou.
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O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) sinalizou que o próprio mercado “reagiu mal” ao pronunciamento do corte de gastos e reforma no imposto de renda. Sinalizou que o governo “não tem credibilidade”.
“O problema não é falta de dinheiro, é falta de prioridades. Se o governo cortasse privilégios e gastasse com responsabilidade, não precisaria prejudicar o trabalhador e a classe média”, salientou.
Cortes do governo apresentam “incoerências”
Para o deputado Rodrigo Valadares (União-SE), o anúncio do governo federal sobre as medidas fiscais apresentou “incoerências”.
“Enquanto cortam recursos do trabalhador, promessas populistas, como o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, só entram em vigor em 2026”, citou. “É um governo que gasta muito e gasta mal, e agora tenta fazer malabarismos para corrigir o rombo que ele mesmo criou.”
Sanderson (PL-RS) relembrou o desperdício de recursos e a falta de foco no ajuste fiscal. O parlamentar analisou que a situação “mostra a incapacidade do governo petista de governar com seriedade e eficiência”.
“O mesmo governo que distribuiu R$ 3 bilhões de forma irregular no programa Pé-de-Meia e torrou dinheiro público em iniciativas questionáveis agora quer impor sacrifícios à população”, afirmou.