Derrite cancela viagem a Nova York por assassinato em Guarulhos

O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, cancelou a viagem que faria a Nova York, programada para este domingo, 10. Ele participaria de uma conferência na Universidade Columbia sobre segurança pública.

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Ele decidiu desistir da viagem depois de críticas à sua ausência em um momento em que o Estado enfrenta as consequências do assassinato de um empresário no Aeroporto de Guarulhos. O caso está ligado a esquemas do Primeiro Comando da Capital (PCC) e gerou grande repercussão nacional.

A assessoria de imprensa de Derrite inicialmente confirmou a viagem. No entanto, diante de críticas e preocupações sobre sua ausência em um momento crítico, ele optou por permanecer no Brasil. Os organizadores do evento em Nova York confirmaram o cancelamento de sua participação.

O evento ao qual Derrite iria

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A conferência Collaboration and Integrated Policies for Public Security 2024 é organizada pela Comunitas, uma organização da sociedade civil brasileira. A viagem de Derrite aos Estados Unidos estava autorizada pelo governador Tarcísio de Freitas e duraria uma semana.

O plano era que ele ficasse fora do país até 17 de novembro, com seu retorno a São Paulo no dia 18. Um major e um capitão da Polícia Militar de São Paulo tinham autorização para acompanhar Derrite nos Estados Unidos.

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Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Derrite busca se viabilizar como candidato ao Senado, em 2026, e pretendia usar o evento como uma plataforma para se apresentar à classe política e empresarial como um nome promissor na área de segurança.

Implicações do assassinato no Aeroporto de Guarulhos

Vinicius Gritzbach, empresário assassinado pelo PCCVinicius Gritzbach, empresário assassinado pelo PCC
Vinicius Gritzbach, empresário assassinado pelo PCC | Foto: Reprodução/Redes Sociais

A pressão para que Derrite permanecesse no Estado aumentou em razão da gravidade do caso de Guarulhos. O inquérito, agora sob responsabilidade da Polícia Federal, investiga o assassinato de um empresário ligado ao PCC que havia feito um acordo de delação premiada.

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A suspeita de envolvimento de policiais estaduais no crime torna o caso ainda mais delicado. Pessoas próximas e integrantes do governo estadual aconselharam o secretário a cancelar a viagem e consideraram inadequado seu afastamento “num momento sensível”.



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