Dino diz que florestas enfrentam ‘pandemia’ de incêndios e dá cinco dias para o governo agir

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), chamou as queimadas na Amazônia e no Pantanal de uma “autêntica pandemia de incêndios florestais”. Ele proferiu a declaração nesta terça-feira, 10, durante uma audiência.

“Não podemos normalizar o absurdo”, disse o ministro. “Temos de manter o estranhamento com o fato de que, neste instante, 60% do território nacional está sentindo os efeitos dos incêndios florestais.”

+ Leia mais notícias de Política em Oeste

Na segunda-feira 9, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou que 60% do Brasil está coberto por fumaça das queimadas.

Esse dado ressalta o impacto ambiental alarmante, especialmente considerando as promessas de proteção ambiental feitas por Lula durante a campanha.

A audiência visava a verificar se uma decisão anterior da Corte estava sendo cumprida. Essa sentença concedeu 90 dias para a apresentação de planos de prevenção e combate aos incêndios no Pantanal e na Amazônia.

Focos de incêndio na Amazônia atingem maior patamar em 17 anos | Foto: Nilmar Lage/Greenpeace/DivulgaçãoFocos de incêndio na Amazônia atingem maior patamar em 17 anos | Foto: Nilmar Lage/Greenpeace/Divulgação
Focos de incêndio na Amazônia atingem maior patamar em 17 anos | Foto: Nilmar Lage/Greenpeace/Divulgação

Embora algumas ações já tenham começado, o ministro destacou a necessidade de intensificar essas medidas. Ele estabeleceu um prazo de cinco dias para aumentar o efetivo nas áreas afetadas.

Flávio Dino compara incêndios à pandemia de covid-19

Dino também ressaltou que a crise atual de incêndios deve receber a mesma atenção dedicada à pandemia de covid-19 e às enchentes no Rio Grande do Sul. 

“Temos de reconhecer agora que estamos vivendo uma autêntica pandemia de incêndios florestais”, afirmou Dino.

YouTube videoYouTube video

Ao fim da sessão, os participantes aprovaram novas ações emergenciais para enfrentar a crise ambiental. Entre as medidas está a convocação imediata de bombeiros de Estados não diretamente afetados para integrar a Força Nacional.

Além disso, foi decidido que a Polícia Federal, as polícias civis e a Força Nacional devem formar um mutirão para investigar e combater as causas humanas dos incêndios.



NOTÍCIA