Luxo, ostentação e política internacional se encontram novamente no mesmo endereço em Paris. Lula e a primeira-dama Janja retornaram ao sofisticado InterContinental Le Grand, um dos hotéis mais exclusivos da França — e quem paga a conta é o contribuinte brasileiro.
A comitiva presidencial desembarcou na capital francesa nesta quarta-feira (5), e a diária bilionária começa com a hospedagem estimada em R$ 1.223.518,84, segundo dados levantados por parlamentares da oposição. O hotel cinco estrelas foi o mesmo utilizado por Lula em junho de 2023, durante a Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global — quando já havia gerado polêmica por uma fatura de R$ 728 mil.
No centro de Paris, o InterContinental Le Grand abriga a Suíte Eugénie, de 229 m², inspirada em um apartamento real francês. O espaço conta com cozinha privativa, quatro quartos e vista direta para a histórica Ópera Garnier. Para completar o requinte, o local oferece camas king size com lençóis egípcios e até um “menu de travesseiros” personalizado — mimo digno de chefes de Estado.
Apesar da chegada em grande estilo, Lula não tinha compromissos oficiais previstos para o dia. O cronograma só começa na quinta-feira (6), com atividades políticas e diplomáticas nas cidades de Paris, Nice e Lyon até o dia 9 de junho. Ao lado do presidente, estão ministros como Marina Silva, Margareth Menezes, Luciana Santos, Carlos Fávaro e Silvio Costa Filho. A primeira-dama, por sua vez, marcou presença em eventos culturais e desfiles de moda.
Lula viajou no Airbus A319, conhecido como “Aerolula”. A aeronave presidencial não tem autonomia para voos intercontinentais sem escala e precisou parar em Lisboa, Portugal, para reabastecimento. Enquanto isso, parte da comitiva — incluindo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues — chegou antes em outra aeronave fretada pelo governo.
Enquanto o Palácio do Planalto mantém silêncio sobre os custos, especialistas em economia e parlamentares da oposição apontam excesso e falta de transparência. O economista Paulo Rabello de Castro, ex-presidente do BNDES, estima que o “custo Lula” já soma R$ 72,5 bilhões em gastos além do equilíbrio fiscal apenas nos primeiros quatro meses de 2025. Ao final do ano, a cifra pode ultrapassar os R$ 100 bilhões, segundo ele.