Um advogado que atua na campanha de Pablo Marçal (PRTB) na disputa para a Prefeitura de São Paulo revelou ao jornal O Globo que nem o corpo jurídico nem o próprio partido do candidato foi consultado antes da postagem do laudo contra Guilherme Boulos (Psol).
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De acordo com o advogado, que falou sob anonimato, a atitude de Marçal foi um “erro fatal”. “Devia ter consultado o jurídico”, afirmou o jurista. Agora, ele analisa como irá conduzir a defesa, segundo o jornal.
Tássio Renam, advogado próximo a Marçal, estava entre os poucos que sabiam sobre o documento antes da sua divulgação.
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Na sexta-feira 6, Marçal divulgou um laudo que alegava que Boulos teria procurado, em 2021, uma clínica com sinais de surto psicótico e feito teste positivo para cocaína. Depois da publicação, o conteúdo foi removido. Em seguida, a Justiça Eleitoral suspendeu as contas do candidato do PRTB.
Na madrugada do sábado 5, uma força-tarefa do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de São Paulo se reuniu para examinar a legitimidade do documento. Os peritos disseram que o laudo era falsificado.
Marçal na mira da Polícia Federal
A Justiça Eleitoral determinou à Polícia Federal que instaurasse inquérito policial para investigar o caso. De acordo com o Judiciário, em tese, Marçal teria cometido quatro crimes. Seriam eles:
- divulgar fatos inverídicos em relação a partidos ou a candidatos capazes de exercer influência perante o eleitorado (pena de 2 meses a 1 ano);
- difamar alguém na propaganda eleitoral de caráter ofensivo (pena de 3 meses a 1 ano);
- falsificar documento particular para fins eleitorais (pena de até 5 anos de cadeia); e
- fazer uso de qualquer documento falsificado para fins eleitorais (pena de até 5 anos de cadeia).
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