O trio acusado de hostilizar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em Roma, rejeitou um acordo de não persecução penal, de autoria da Procuradoria-Geral da República (PGR). A proposta previa que os acusados confessassem os crimes de calúnia e injúria real, em troca de medidas alternativas à prisão.
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O advogado Ralph Tórtima, da acusada família Mantovani (Roberto Mantovani Filho, Andreia Mantovani e Alex Zanatta), afirmou que ela “não concorda que tenha feito qualquer ofensa direcionada à honra” de Moraes.
Segundo o advogado, imagens de câmeras de segurança mostram que Alexandre Barci foi quem inicialmente agrediu Roberto Mantovani com um tapa na nuca. Alexandre Barci é filho de Alexandre de Moraes.
A defesa alega, ainda, que, depois da agressão do filho de Moraes, Roberto Mantovani teve uma reação “instintiva” e levantou o braço. Isso teria causado um leve resvalo nos óculos do filho de Moraes. Em seguida, o próprio ministro teria se aproximado e xingado Alex Zanatta de “bandido”.
Família nega acusações de Moraes
A petição dos acusados diz que, sob tais argumentos, rejeita o acordo e sequer apresenta contraproposta. O trio requere, portanto, o andamento regular do processo.
“Dessa forma, considerando a inviabilidade de confissão sobre algo que eles negam tenha ocorrido, a defesa, com todo respeito, fica impossibilitada de sugerir eventual contraproposta, requerendo o regular andamento do feito”, escreve a defesa no documento.
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Na petição à PGR, o advogado da família menciona trechos da filmagem das câmeras de segurança. Eles, supostamente, mostram a agressão do filho de Moraes a Roberto Mantovani. Os vídeos estão sob sigilo absoluto.
A defesa também menciona uma suposta descontinuidade nos frames dos vídeos citados no relatório da Polícia Federal. As filmagens dos frames 59 e 60 estavam duplicadas, de acordo com o advogado. Tal mecanismo teria removido a agressão de Alexandre Barci a Mantovani.
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“A cena omitida, na qual Alexandre Barci agride Roberto Mantovani com um tapa na nuca, foi presenciada por todos que se encontravam no recinto em que foram exibidos os vídeos”, diz a defesa dos acusados.