Nesta segunda-feira, 18, o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou que o Brasil seria outro, caso o inquérito das fake news não existisse. Mendes revelou ainda bastidores do processo.
Conforme Mendes, o relator da investigação, Alexandre de Moraes, tomou posse no STF em um momento “extremamente desafiador”.
“Discutíamos o que seria do Brasil a partir de 2018”, revelou Mendes, durante uma sessão plenária na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (MT), onde recebeu a comenda Marechal Cândido Rondon. “Moraes, eu e Dias Toffoli conversamos muito sobre o quadro então desenhado e eventualmente existente.” Naquele ano, Bolsonaro virou presidente.
De acordo com Mendes, ele, Moraes e Toffoli discutiram a necessidade de se abrir um inquérito. Por isso, Toffoli assumiu o “ônus” de instaurar o procedimento e designou Moraes como relator. “É muito fácil ser profeta de obra acabada, o engenheiro de obra pronta, como se diz, mas posso dizer que certamente o Brasil seria outro e pior não fora esta instauração, não fora essa designação do ministro Alexandre, não fora a sua ação à frente desse inquérito.”
Gilmar Mendes é homenageado pela Assembleia de MT
No evento em que comentou o inquérito, Mendes recebeu a comenda Marechal Cândido Rondon.
Uma das mais importantes de MT, a honraria é dada a personalidades civis ou militares que prestaram “relevantes serviços” ao Estado. A Assembleia Legislativa concedeu a medalha ao juiz do STF.
Mendes, contudo, não foi o único homenageado. O Parlamento também prestigiou os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino com o título de cidadão mato-grossense.
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