Governador diz ter ordenado que investigados deixassem iate de Gusttavo Lima

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, revelou que foi ele quem ordenou que os dois investigados na Operação Integration deixassem o iate onde ocorria a festa de aniversário do cantor Gusttavo Lima, no início de setembro, na Grécia, informa o jornal O Globo. A ordem de prisão foi emitida durante a viagem. A operação investiga crimes ligados a jogos de azar.

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Caiado explicou ao O Globo que, ao saber que José André Neto, proprietário da casa de apostas Vai de Bet, e sua mulher e sócia, Aislla Sabrina Rocha, eram alvos de mandado de prisão, ele mesmo comunicou ao empresário para saírem da embarcação. Todos estavam hospedados no iate de cerca de R$ 1 bilhão, alugado por Gusttavo Lima, nas ilhas gregas.

Governador ordena saída de investigados

“Eu disse a ele (José André Neto) que a informação que recebi do meu secretário foi a de que havia sido decretada a prisão dele e de sua esposa”, afirmou o governador.

“Daí falei: ‘Como tal, vocês não têm ambiente para ficar aqui’. Imediatamente, ele e a esposa desceram e nós seguimos a viagem por mais quatro dias.”

Caiado disse que recebeu o apoio de Gusttavo Lima.

O governador acrescentou que a conversa ocorreu na manhã de 4, um dia depois da festa de aniversário do cantor, ocorrida na ilha de Mykonos, uma das mais luxuosas da Europa.

Viagem de avião e surpresa com a operação

Caiado disse que estava no avião particular que levou Gusttavo Lima e o casal investigado, além de outros convidados, para a Grécia. O governador afirmou não saber que eles eram alvos de qualquer operação naquele momento. A aeronave é um jato Gulfstream com capacidade para 17 passageiros.

“Não tenho que fazer um levantamento de todas as pessoas que estão no mesmo evento que eu”, desabafou o governador.

“E também não sou homem de andar escondido em lugar nenhum do mundo. Fui com Gusttavo Lima para Grécia, porque eu estava de férias e sou amigo dele há muito tempo.”

Indignação com ordem de prisão contra Gusttavo Lima

Caiado expressou indignação com a ordem de prisão contra o cantor e afirmou que a juíza “não teve responsabilidade” ao sugerir que Gusttavo Lima poderia ter ajudado na fuga do casal. Ele mencionou que, na volta da viagem, “André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha”. O governador enfatizou que eles não estavam entre os passageiros da aeronave no retorno.

Ambos eram considerados foragidos até a noite desta segunda-feira, 23, quando o Tribunal de Justiça de Pernambuco concedeu habeas corpus e ordenou a soltura de todos os envolvidos na Operação Integration.

Defesa de suas ações como governador

“Eu sei das minhas responsabilidades como governador”, garantiu Caiado.

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“Eu não ia entrar em um avião para deixar um foragido em outro lugar. Nunca fui conivente com bandidagem. Nunca aceitei andar com quem tem prisão preventiva decretada.”

O governador afirmou que o avião parou nas Ilhas Canárias no retorno para Goiânia. A explicação era a de que tinha gasto mais combustível do que o previsto.

Parada técnica nas Ilhas Canárias

“Eu gosto dessas coisas de aviação e questionei o piloto sobre o motivo da gente parar, sendo que o avião tem autonomia”, contou o governador.

“Ele disse que tinha pego um vento de proa forte e gastou muito mais combustível. Aterrissamos lá, fizemos o abastecimento e chegamos em Goiânia.”





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