
Oitenta cascos de embarcações abandonadas serão retirados da Baía de Guanabara pela Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) do Rio de Janeiro. A intervenção visa recuperar a qualidade ambiental, além de impulsionar o desenvolvimento econômico local.
Com duração prevista de 36 meses, a operação contará com o aporte de R$ 25 milhões do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam).
A remoção e a destinação dos restos de navios e pequenas embarcações ficarão a cargo do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Caberá à Capitania dos Portos fluminense a montagem do planejamento logístico, que será feito a partir do mapeamento georreferenciado dos resíduos.
O secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, ressaltou que a revitalização da Baía de Guanabara é crucial para o ecossistema da região e para a retomada do turismo no âmbito da Economia Azul.
“O Rio de Janeiro está investindo para a retomada dos locais de turismo, de lazer e dos empreendimentos da Economia Azul. A Baía de Guanabara tem todas as qualidades para se tornar o maior atrativo empresarial nos próximos anos”, afirmou Rossi.
Para remoção e descarte dos cascos, previstos para o segundo semestre deste ano, o Inea dede contratar, via licitação, uma empresa especializada para auxiliar nas operações.
Enquanto isso, a Comissão Técnica de Acompanhamento e Avaliação (CTAA) dará prosseguimento ao trabalho de desenvolvimento de diagnósticos e mapeamentos.
Da composição do CTAA farão parte: técnicos dos órgãos ambientais estaduais, representantes da Capitania dos Portos, Ibama, Secretaria de Economia do Mar e da prefeitura dos municípios ao redor da Baía de Guanabara.
O Canal de São Lourenço, em Niterói; Rio de Janeiro e São Gonçalo, especialmente ao redor da Ilha da Conceição, são as regiões que concentram o maior número de cascos naufragados. A retirada dos destroços será feita por meio de demolição.
O Canal de São Lourenço é um importante ponto da Economia Azul. O local tem um potencial de geração de mais de 5.000 empregos diretos e indiretos, especialmente nas atividades de pesca artesanal.
Os cascos soçobrados obstruem as rotas de navegação e prejudicam a dinâmica das comunidades pesqueiras; dano que será minimizado com a remoção dos destroços.
“Com essa ação, também estamos tornando a região mais segura para pescadores, navegadores e para todos que dependem desse ecossistema,” completou Bernardo Rossi.