Jornal dos EUA repercute possíveis sanções contra Moraes

De acordo com o jornal Financial Times, a tensão entre Brasil e Estados Unidos cresceu depois da ameaça de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre as sanções em análise, estão restrições de visto e medidas financeiras.

O Itamaraty, liderado pelo chanceler Mauro Vieira, articula ações diplomáticas para evitar esse cenário. Segundo a publicação, a preocupação é grande. A tensão foi impulsionada depois de o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarar que há “grande possibilidade” de sanções contra Moraes, citando a Lei Magnitsky.

A pressão veio depois de articulação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA. Eduardo estimou em 85% a possibilidade de punições contra Moraes e, dias depois, tornou-se alvo de uma investigação autorizada pelo próprio ministro, por suspeita de “obstrução de Justiça”.

Moraes é pressionado por empresas de tecnologia e figuras políticas, relata Financial Times

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O ministro Alexandre de Moraes em julgamento da 1ª Turma – 25/3/2025 | Foto: Rosinei Coutinho/STF

A defesa brasileira enfrenta resistência no exterior. Empresas de tecnologia, afetadas por decisões do STF, têm pressionado contra Moraes. Já a embaixada brasileira tenta reafirmar que “a democracia e a liberdade de expressão estão garantidas no país”.

Ainda de acordo com o Financial Times, nos Estados Unidos, a narrativa de perseguição política contra Bolsonaro ganha força entre a direita. Já os progressistas defendem Moraes como um defensor da democracia.

Entre os críticos do magistrado, destacam-se Elon Musk e a deputada republicana Maria Elvira Salazar, que discute medidas contra Moraes com aliados de Donald Trump.

Empresas como Rumble e Trump Media & Technology Group já processaram Moraes na Flórida, acusando-o de censura internacional por ordens judiciais contra contas de redes sociais. O advogado Martin De Luca diz que o ministro tenta contornar o governo dos EUA ao enviar decisões diretamente às empresas.

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