O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, comparecerá à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados para esclarecer a operação policial contra Mariana Eustáquio, filha do jornalista Oswaldo Eustáquio, realizada em agosto.
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A ação foi ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para apreender dispositivos eletrônicos da jovem de 16 anos.
A convocação de Lewandowski ocorreu depois da aprovação na Comissão de Segurança Pública, na última segunda-feira, 8. O deputado Gilvan da Federal (PL-ES), autor do requerimento, alegou excesso de agentes e revista corporal sofrida por Mariana como justificativas.
“A menor Mariana sofreu revista íntima, isso abalou o seu estado emocional”, afirma o requerimento. “Também causou-lhe um ferimento na mão. A revista pessoal se fez desnecessária, pois o intuito do mandado era busca e apreensão de passaporte e equipamento eletrônico.”
Medidas contra Mariana
Durante a operação, a Polícia Federal (PF) impôs medidas cautelares à jovem, como o bloqueio de suas redes sociais. Segundo Gilvan, a operação foi “abuso de poder” do STF.
“É claro e evidente que há um abuso de poder por parte de Alexandre de Moraes, usando a PF para praticar atos ilegais contra familiares do jornalista Oswaldo Eustáquio, pois essas pessoas não cometeram nenhum crime”, afirmou o parlamentar.
Filha de Eustáquio afirma ter sido apalpada pelos agentes
Mariana relatou ter sido apalpada no órgão genital durante a busca. A alegação ocorreu depois de os nove policiais não encontrarem seu celular.
A família de Eustáquio acionou a Corregedoria da PF. Pediu investigação dos abusos. Segundo a corporação, a operação respeitou o Código de Processo Penal.
